Em Roma renúncia, no Brasil impeachment

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A confirmação de Dom Georg Gänswein à Prefeitura da Casa Pontifícia diz duas ou três coisas sobre a convivência dos dois papas que moram a cem metros um do outro: que Francisco aprova o que Bento XVI tinha predisposto, que os dois aprovam a relação vivida até hoje, que essa relação poderia ter outros desdobramentos. Bento XVI tinha estabelecido que se chamaria “papa emé- rito”, que continuaria se vestindo de branco e que moraria no Vaticano, que manteria consigo o secretário, que, em vista da renúncia, tinha nomeado “prefeito da Casa Pontifícia”: ele gerencia a agenda do papa, audiências, saídas e afins. No Vaticano a convivência é boa e continua. Já no Brasil Temer e Dilma não se bicam, é um governo querendo acabar com o outro. É uma tarefa que penaliza o povo, mas em fim impeachment chega ao fim no final de agosto, que coisa mais caduca, a lei do impeachment no Brasil já deveria ter sido reformada há muito tempo, é o que constatou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- -AL). É inconcebível um prazo de 180 dias para a defesa do acusado, após o plenário do Senado aprovar o processo. Quarenta dias, no máximo, seriam de bom tamanho. Seis meses, como ficou estabelecido, é muito tempo e cria uma situação inusitada: uma presidente sem poderes, com direito a algumas regalias, como ocupar o Palácio da Alvorada, residência oficial, e ter direito de usar aviões da FAB para passar fim de semana com a família no Estado de origem. Em outra instância, um presidente interino, com todo o poder da caneta, mas sem saber se vai continuar no cargo. Renan revelou, que vai “trabalhar” para que a conclusão do processo de impeachment ocorra ainda este mês. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski marcou o início do julgamento para o dia 25 e não descartou sessões no sábado e no domingo para terminar o processo.

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