Massa é desclassificado do GP do Brasil por irregularidade no pneu

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Grande Prêmio do Brasil (15/11)felipe massa(1)

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) desclassificou Felipe Massa do GP do Brasil por causa de uma irregularidade no pneu traseiro direito de sua Williams. O brasileiro havia completado a corrida na oitava colocação.

A decisão pela exclusão de Massa foi tomada quase três horas após o término da prova, após uma longa reunião no paddock de Interlagos. A Williams já informou que vai recorrer da decisão.

A medição, feita pela FIA no grid de largada, mostrou que a temperatura estava 27ºC acima do permitido e a pressão, 0.1psi maior que o limite máximo estabelecido para o circuito de Interlagos. Segundo os dados coletados pela FIA no grid de largada, o pneu tarseiro direito do carro de Massa estava a 137ºC, quando o limite estabelecido é de 110ºC. A pressão também estava mais alta que os 20.5psi estabelecidos como o teto pela Pirelli. A diferença constatada foi de 0s1psi.

Porém, o time refuta essa medição. “Vamos apelar porque discordamos veementemente dessa decisão. Temos dois sensores independentes: o primeiro está dentro do cobertor e mede a temperatura da superfície do pneu e o resultado estava completamente dentro do que dizia o regulamento por todo o tempo”, explicou o chefe de performance da Williams, Rob Smedley, ouvido pelo UOL Esporte.

“A última vez que nós lemos, quando ele estava no grid, a temperatura estava 104ºC. E a outra medida independente que temos vem dos dados do carro. E o pneu traseiro direito de Massa estava a 105,7ºC. Portanto, ambos os sensores dão conta de que o carro estava dentro do regulamento e temos dados que sustentam isso. Além disso, temos uma correlação independente entre nossos sensores dos cobertores e os do carro com os aparelhos usados pela FIA, algo que foi implementado depois do que aconteceu com a Mercedes em Monza. Compramos exatamente o sensor que a FIA usa e fazemos checagens aleatórias para determinar se estamos dentro das regras. É muito crítico para nós entender onde está esse problema pois temos três medidas independentes e nenhuma delas deu um resultado sequer parecido com o que a FIA apontou”.

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Smedley explicou ainda que, caso o pneu do carro de Massa realmente estivesse com uma temperatura tão superior ao regulamentar, a pressão também estaria bastante alterada, o que não aconteceu.

“Não tenho ideia de onde essa leitura tão alta veio. Se o pneu estivesse com a temperatura 27ºC mais alta, nós teríamos visto. Provavelmente estaríamos falando de algo em torno de 2,5 ou 3psi a mais. Isso é uma diferença muito grande. Mas o procedimento que o engenheiro fez no grid foi totalmente normal. Eles não explicaram como tiraram uma medida tão grande. Só falaram que é a medida que conta porque é a medição oficial da FIA”.

O limite de pressão foi estabelecido pela Pirelli, com força de regra, a partir do GP da Itália, após os estouros dos pneus de Nico Rosberg e Sebastian Vettel na prova anterior, na Bélgica. Em Monza, o limite causou muita polêmica, pois a FIA encontrou irregularidades nos dois carros da Mercedes, mas acabou não punindo os pilotos, por falhas na mecânica de medição.

Desde então, nenhum outro piloto chegou a ser oficialmente investigado por problemas do tipo.

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