De qualquer maneira temos que ser otimistas, após a abertura espetacular em que encantou o mundo todo, passei a ter maior otimismo. Talvez eu torça para que esta Olimpíada seja um divisor de água e com a criatividade mostrada pelos brasileiros possamos tomar as rédeas do Brasil e realmente mudar essa situação tão incômoda em que vivemos, oportunidades para poucos e sofrimento para muitos. Se soubermos tirar proveito de tudo que está acontecendo Lava Jato, afastamento de um governo que aparelhou o estado trazendo um grande prejuízo no aumento de recessão, desemprego e de violência.
O Brasil é o melhor país do mundo para os políticos e um dos piores para o povo, mas podemos enxergar um melhor amadurecimento popular que cons-ciente de sua força e sabedor que é dele que se emana o poder, poderá tomar maior consciência e passar a se organizar para o bem comum de todos e fazer nascer uma nova nação, mais justa e igualitária para todos.
Voltando ao assunto inicial, observamos que o governo brasileiro havia prometido que a Copa do Mundo contribuiria para a geração de renda e emprego, impulsionando os investimentos e a economia do país.Na prática, ao menos o efeito de curto prazo do evento parece ter sido o oposto (embora ainda haja quem defenda que o Brasil pode colher no longo prazo os frutos da exposição mi-diática conseguida com o Mundial). Passado a copa apareceu as contas do desvio de milhões que foram desviados por conta do superfaturamento das obras realizadas e que nós estamos pagando. Só os feriados e paralisações provocadas pelos Jogos tiveram um impacto negativo na produção industrial e na economia como um todo, sendo responsabilizados pelo próprio governo pela queda de 0,6% do PIB no segundo semestre de 2014.
Da Olimpíada, penso que apesar dos prejuízos poderá ser benéfico para nós, sabemos que o momento é difícil nas arenas e nos parques onde ocorre os jogos. Mostra-se um Brasil poderoso, rico e de segurança nunca visto na história, mais de 200 mil militares envolvidos, mas fora das arenas temos uma saúde precaríssima com falta de médicos, leitos e medicamentos.
Os Jogos vão dificultar a retomada do crescimento ou podem contribuir para criar um clima de otimismo – o que alguns economistas chamam de feel good factor – que favoreça a volta dos investimentos?
Quando o Rio de Janeiro ainda competia com Madri, Tóquio e Chicago para ser a sede dos Jogos Olímpicos, em setembro de 2009, um estudo encomendado pelo Ministério dos Esportes à Fundação Instituto de Administração (FIA) estimava que a competição poderia movimentar US$ 51 bilhões em recursos e gerar 120 mil empregos.
O estudo defendia que os investimentos feitos para o evento teriam um efeito multiplicador amplo e diversificado sobre a economia, que duraria anos. O impacto também seria positivo fora do Rio de Janeiro – cerca de metade desses postos de trabalho beneficiariam moradores de outros Estados.
Em janeiro de 2014, um relatório preliminar de outro estudo, encomendado pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos à Universidade Federal do Rio de Janeiro, também defendia que o evento pode proporcionar “benefícios para as economias local, regional e nacional, ao estimular investimentos incrementais e estruturais.”
E em dezembro, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, defendeu numa audiência pública que a Olimpíada será marcada pela economia de recursos públicos, obras finalizadas no prazo e um legado econômico e social significativo.
“Tenho muita convicção de que a história da Olimpíada é bastante diferente do que foi a história confusa da Copa do Mundo. O modelo construído e a maneira como está se fazendo, inclusive do ponto de vista orçamentário, é algo bastante diferente”, disse ele.
Sejamos todos otimistas e esperamos que o povo brasileiro possa amadurecer cada dia mais, principalmente neste ano, pois devemos escolher os prefeitos e vereadores. Então, saibamos votar melhor.
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