Polícia alerta para golpe de falsa Maçonaria em Governador Valadares

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Governador Valadares, concedeu, na manhã de quarta-feira (11/10), uma entrevista coletiva para alertar a população sobre um possível golpe que estaria sendo praticado por um grupo criminoso do Estado do Paraná. Esse grupo teria criado uma falsa Maçonaria, visando obter lucro, e estaria recrutando pessoas através de um jornal de circulação da cidade.

As investigações tiveram início essa semana, após o Juiz de Direito e membro da Maçonaria, Everton Villaron, denunciar o caso à Polícia Civil. De acordo com o Juiz, o anúncio publicado no jornal no último sábado (7), tinha os seguintes dizeres: “descubra mais sobre nossa amizade e ensinamentos. Junte-se a nós e fique perto da felicidade, da harmonia e da paz na Terra”. No mesmo anúncio, também foi utilizado o símbolo oficial da Maçonaria e disponibilizados meios de contato, como número de telefone e um site.

A Delegada Juliana Fiúza, que investiga o caso, explicou que os dados disponibilizados no anúncio referem-se à mesma Associação alvo de investigação na cidade de Curitiba/PR onde, no ano de 2014, foi deflagrada a “Operação Castelo de Areia”, que resultou na prisão de sete pessoas suspeitas de integrarem esse grupo criminoso, além de cumpridos 11 mandados de busca e apreensão.

Por ocasião da operação policial, a Polícia Civil do Paraná descobriu a “Grande Loja Mista do Rito Memphis-Misraim”, nome dado à Associação dos maçons irregulares, com sede em Campo Largo. Esta sede possuía um luxuoso templo maçônico em forma de castelo onde o grupo, não reconhecido pela Maçonaria, atuava.

De acordo com dados da Polícia Civil Paranaense, o grupo recrutava membros através de um programa de TV e por meio de um site, onde as vítimas eram convidadas a investir em um negócio que lhe daria ótimo rendimento, algo aos moldes de uma pirâmide. “Era utilizada a estrutura da suposta Maçonaria e de seus membros como pano de fundo para tentar dar credibilidade aos negócios”, disse à época o então Delegado Matheus Loiola, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), em Curitiba.

Membros da Maçonaria, que participaram da coletiva na manhã de hoje (11), informaram que a Maçonaria não realiza divulgação em jornais e salientaram que os valadarenses interessados em participar da Maçonaria devem procurar uma das três Obediências Maçônicas Oficiais, quais sejam a Grande Oriente do Brasil, a Grande Loja de Minas Gerais, bem como, a Grande Oriente de Minas Gerais, através de seus respectivos sites oficiais.

Finalmente, a Delegada Juliana Fiúza esclareceu que, até o momento, a Polícia Civil de Minas Gerais não tomou conhecimento de possíveis vítimas em Governador Valadares, e ratificou o objetivo preventivo da divulgação do caso, salientando, sobretudo, que a Polícia Civil dará continuidade às investigações, para averiguar possíveis crimes e também a existência de vítimas na região.

Assessoria de Comunicação – PCMG

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