Entrevista com o prefeito Nailton Heringer candidato a reeleição de Manhuaçu

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O Jornal das Montanhas entrevistou os cinco candidatos que concorrem ao cargo de prefeito de Manhuaçu para a gestão de 4 quatro anos que se inicia em 1º de janeiro de 2017. Fizemos 5 perguntas para cada candidato, abordando projetos que cada um gostaria de deixar como legado para o município. Abordamos o problema dos altos alugueis pago pela prefeitura. Outro assunto colocado foi o terreno de Realeza que fora comprado pelo atual prefeito para o IFET e Hospital Regional. A última foi a critério de cada um colocar em suas considerações finais o que achava mais conveniente abordar.

Entrevista com o prefeito Nailton Heringer candidato a reeleição de Manhuaçu

nailton-candidato-prefeito-manhuacuJornal das Montanhas: Qual obra de sua gestão entrará para a história como a principal de seu governo e por quê?

Nailton Heringer: Temos algumas obras importantes, e uma delas é o Trevo do Cafeicultor que foi reefeito, ordenado para resolver os problemas de fluxo e graças a Deus resolveu também o problema com o numero de acidentes. Mas eu considero como a principal obra de meu governo, a vinda do Instituto Federal para cá, grande obra que vai ficar marcado na história.

JM: Qual é o seu principal projeto para Manhuaçu?

Nailton: Adequar Manhuaçu como cidade Polo, tendo em vista que Manhuaçu cresce muito e precisa de um ordenamento administrativo que acompanhe o crescimento da cidade. Nós tivemos nos últimos anos um crescimento muito grande de habitações em Manhuaçu. Além disso, Manhuaçu recebe uma população flutuante muito grande para o comercio, para a saúde, educação e outros negócios. Então nós queremos ter uma administração que tenha a capacidade dentro das limitações da cidade, porque é uma cidade com 138 anos e ela tem gargalos, porque ela não foi pensada para o estilo de vida que se tem hoje: são automóveis, e o serviço de transporte público pode vir resolver isso de uma maneira razoável, pois, quando se observa a topografia da cidade, e as larguras das ruas nós vemos que temos grandes problemas.

JM: A prefeitura paga alugueis caríssimos de imóveis ocupados por escolas, postos de saúde e secretaria. Seu plano de governo trata desse assunto?

Nailton: Trata, tanto é que um dos grandes problemas que herdamos foi exatamente isso, são escolas, creches, postos de saúde que estão todos em alugueis em locais inadequados, isso porque não havia preocupação no passado em comprar terrenos para que esses novos prédios fossem construídos. A nossa meta é construir cada vez mais prédios adequados e já estamos fazendo, nós temos escolas novas como a do Manhuaçuzinho, temos a construção de duas unidades básicas de saúde, a de São Vicente e a do Santa Luzia, e estão em lugares adequados, inclusive ampliamos mais porque eles também vão ter atendimento odontológico. O grande drama é como comprar terrenos caros no centro da cidade para construir novos prédios, isso tem sido um desafio, porque, além de não ter esse terreno, não preservaram isso e a cidade cresceu muito e está se verticalizando e ela precisa também de atendimento mais central. Quando se tem uma creche ou um posto de saúde localizado na ponta de um morro as pessoas reclamam por isso, está errado realmente, mas é só nesses locais as vezes que possui espaço. Quando falo ponta de morro é que na verdade nós temos uma cidade extremamente acidentada, então esse é um sonho de adequando, por isso, mesmo que ao pagar as dividas, ao pagar esses milhões de precatórias que estamos pagando FGTS, INSS, sendo mantidos em dia nós já começamos a receber recursos para escolas e creches. O Alfa Sul está recebendo uma nova creche, que está definido e o terreno já está preparado para atender 240 crianças se forem tempo parcial, e se for em tempo integral, será em torno de 140 crianças. Então essa é uma delas e outras nós estamos fazendo nos distritos as mesmas coisas. Nós estamos preparando, comprando os terrenos pois para contrapartida do governo, para receber qualquer obra de recurso federal é a entrada com compra do terreno, tendo de ser mantido em dia esses pagamentos, pois se houver algum atraso nós perdemos as certidões que nós lutamos por anos, pagando para que pudéssemos começar a receber essas obras.

JM: Na sua campanha eleitoral anterior, sua principal meta era a construção do Hospital Regional. Por que não foi construído?

Nailton: A ideia do Hospital Regional ela está de pé e quando nós compramos o terreno em frente à Copa Real nós compramos 400 mil metros quadrados, no centro do município de Manhuaçu, no entroncamento das duas maiores BRs desse país que são as BR-116 e a BR-262, para fazer ali um IFET (Instituto Federal) e um Hospital Regional entre outras coisas, com o objetivo de ter ali um hospital com 500 leitos, possuindo um atendimento que não seja necessário encaminhar as pessoas para fora, uma vez atendida, evitando a saída para fazer enxames em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Muriaé, Ponte Nova e outros. Queremos trazer isso para Manhuaçu, fizemos um projeto arquitetônico e entregamos ao governo de Minas em uma audiência que houve em Manhuaçu, porque nós não temos o dinheiro para a construção, o município não pode arcar com isso por falta de dinheiro, depois isso tem que ser uma obra partilhada entre os dois governos (Federal e Estadual) para que esta obra, que é uma obra de envergadura, seja construída. Outra coisa mais complexa é a manutenção do hospital que é muito cara, pois não é simplesmente erguer o prédio que terá saúde, pois é necessário ter a manutenção da folha de pagamento, de medicação, de equipamentos cirúrgicos tudo que depende ter um hospital, então, isso é um gargalo tremendo e como o município não tem e junto com os demais municípios e com todas as reuniões tidas com os demais municípios estão todos quebrados. Então eu não posso fazer o compromisso de um consorcio, até então para nós fazermos um hospital consorciado que é um grande sonho também, mas o melhor convenio que nós podemos ter é o Governo Federal que já manda os recursos para a saúde do município. Então eles já assumiram isso, estamos lutando é para isso e não abrimos mão desse sonho, não por que é um sonho para solucionar problemas, para reduzir sofrimentos, para salvar vidas e para geração de emprego e renda.

JM: Qual seu plano para o terreno de Realeza que foi comprado para o IFET?

Nailton: O terreno foi comprado para construir o Instituto Federal, e esse instituto estava perdido, pois os governos anteriores não tomavam a providencia de comprar um terreno mínimo para instalar o IFET. Então compramos oito alqueires de terra com um preço excelente, por R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais), e aí sim tiramos 100 mil metros para o Instituto Federal onde será o campus desse instituto. O Instituto Federal é a Universidade Federal adequada à tecnologia no interior, essa é a proposta. A partir daí que nós constituirmos e entregamos o terreno e ele viria para Manhuaçu mesmo só que nós numa conversa em Belo Horizonte descobrimos que onde estava o DNIT ia ser leiloado e segundo a informação o município tinha sido acionado para apresentar um projeto, primeiramente pensamos fazer ali um projeto para a estrutura de obras, uma estrutura de guarda de maquinas e equipamentos, para o atendimento dos distritos e não tínhamos mais soluções para nós, a solução era a que Deus tinha projetado. Perguntei a funcionaria se poderia ser feito para o Instituto Federal ai ela disse que aí sim, pois seria de uma instituição federal para outra instituição federal, e numa ligação em uma semana o reitor de Juiz de fora que na época era o professor Mário conseguiu incorporar aquele terreno e ali se tornou o inicio das obras, onde vai ser no futuro outros prédios, vai ser a reitoria e está sendo dados cursos presenciais ali, e no cem mil metros quadrados do lado vai ser o Campus, que já está todo sendo planejado de acordo com a topografia e de acordo com as necessidades da região.

Então os curso técnicos vão ser usados ali, agora a parte administrativa com aqueles cursos que não precisam de laboratórios pretende-se manter la, porém, o país entrou numa crise sem precedentes, inclusive até os projetos de prédios que eles possuem aprovados, não tiveram o recurso federal liberado, mas nós cremos piamente que essa semente que já esta produzindo vai ser um grande diferencial, porque são cursos federais de qualidades gratuitos para quem não possui condições de pagar, isso além de ajudar muitas pessoas, faz de Manhuaçu um polo educacional como ele tem se tornado. Queremos ser polo de saúde, de educação e de comercio, nós estamos buscando como projetos, todos os dias trazer e colocar Manhuaçu no lugar onde ele deve estar, cidade polo onde ela desenvolve, onde ela ajuda a região, onde atende e abençoa as pessoas porque, eles veem ate nós e como nós não temos estrutura nós passamos a frente, em algumas questões nós temos que levar especialmente a saúde.

Quero então dizer que são medidas estruturais agora não é possível a nenhum município hoje manter hospital e nem tão pouco construí-lo, e nós temos trabalhado nesse sentido para que o Hospital Cesar Leite que é o grande hospital da nossa região que atende, tenha verba para terminar aquela estrutura nova, isso só vai abençoar, pois nós queremos é mais. Manhuaçu hoje se tivesse quatro hospitais eles já não daria conta, por exemplo, nós temos trinta leitos de UTI, mas para a população que nós atendemos 100 leitos seriam pouco, temos uma defasagem na saúde muito grande e temos como proposta, se Deus tiver o projeto para nós e o povo entender assim, para mais quatro anos nós vamos continuar com transparência, lealdade, lisura, seriedade, trabalhando em prol do desenvolvimento do povo e respeitando os pequenos recursos que chegam para o município, para que ele seja bem aplicado então essa é a minha palavra o grande desafio que temos não só eu, mas qualquer outro prefeito que entrar em Manhuaçu, ele tem que fazer um reestudo de Manhuaçu em algumas áreas, uma readequação especialmente na estrutura de atendimento ao povo.

JM: Em suas considerações finais. O que mais o Sr. Gostaria de dizer ao povo de Manhuaçu?

Nailton: Agradecer a oportunidade de ser prefeito, a oportunidade de mostrar que na política ainda há remédios, recursos, pessoas, equipes que estão ai com desejo muito grande de servir ao próximo e dizer ao povo que podem contar conosco, que eles podem confiar em nós em mais um mandato, pois nós estamos dispostos a servi-los, a manter a integridade, honestidade, o caráter e fazer que os recursos deles cheguem ao destino. Estamos atravessando um momento muito difícil na nação tanto político quanto econômico, mas Manhuaçu esta de pé estamos pagando dividas, muitas dividas e milhões já foram pagas, estamos comprando maquinas, veículos, construindo, reformando e pagando em dia o salário do servidor e os nossos fornecedores. Então contem conosco, pois eu creio que essa tem sido a demonstração de que na crise se estamos conseguindo e esperamos que o Brasil volte a crescer nós vamos fazer muito mais, porque eu tenho esperança de que o próximo mandato, será mais produtivo do que esse, então me dê esse voto de confiança.

Veja as entrevistas com os outros candidatos:

Cici Magalhães
Maria Imaculada
Nailton Heringer
Sérgio Breder
Vinícius Resende

Por Devair Guimarães de Oliveira

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