Governo de Minas cria ambiente propício para abertura de novas empresas

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No primeiro trimestre de 2018, saldo entre empreendimentos abertos e extintos no estado foi 18% maior que o registrado em 2017. Desburocratização, extensão dos serviços no interior, incentivo à inovação e redução da criminalidade impulsionam investimentos

O saldo entre empresas abertas e extintas em Minas Gerais no primeiro trimestre deste ano cresceu 18% em relação aos três primeiros meses de 2017, passando de 2.572 para 3.040, de acordo com dados da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg).

Em sete Territórios de Desenvolvimento, a diferença entre negócios abertos e fechados, no mesmo período, superou em muito a média estadual. 
No Triângulo Norte, o aumento foi de 135%. O saldo passou de 122 entre janeiro e março de 2017 para 287 no primeiro trimestre deste ano.

O Sudoeste obteve o segundo melhor resultado: o saldo subiu de 37 para 70, representando um incremento de 89% no mesmo período. O Território Sul veio logo atrás, com alta de 82%, seguido pelo Mata (65%), Oeste (54%), Metropolitano (33%) e Alto Jequitinhonha (28%).

O levantamento da Jucemg aponta ainda que, em todo o estado, os setores com maior número de empresas abertas foram construção civil, comércio (bares e restaurantes) e serviços

Motivadores

“Apesar da crise econômica, o Governo de Minas Gerais tem criado um ambiente propício para a abertura de novos negócios no estado”, afirma o subsecretário da Secretaria de Estado Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), Pedro Leão.

A priorização dos investimentos em segurança pública é uma das iniciativas que têm ajudado a elevar a confiança do empresariado, sobretudo no interior, segundo Leão. “Os riscos e os custos do negócio diminuem, uma vez que o empresário não precisa investir tanto em equipamentos de segurança”, explica.

Desde 2015, o Governo do Estado colocou à disposição das polícias Militar Civil  2.026 viaturas. Somente no primeiro trimestre deste ano foram entregues 209 veículos para as polícias mineiras.

Para atender o cidadão, mais de 1.440 novos policiais militares estiveram nas ruas entre janeiro e março deste ano, além de 92 investigadores da Polícia Civil em atuação e outros 450 nomeados, que estão fazendo curso na Academia de Polícia Civil (Acadepol). 

O Governo também abriu concurso para 76 novos delegados de polícia e autorizou concurso para 119 escrivães de polícia. Ainda neste ano, novas turmas de soldados irão se formar no interior do Estado.

Graças a essas ações, o número de registros policiais envolvendo crimes violentos em Minas Gerais caiu 29,7% no primeiro trimestre de 2018, comparando com o mesmo período de 2017, passando de 36.636  para 25.754 ocorrências.

Desburocratização

A facilitação do acesso à informação e a desburocratização dos processos para a abertura de empresas também explicam os números positivos apontados no levantamento da Jucemg.

Segundo a diretora de Registro Empresarial da Jucemg, Lígia Xenes, a Sala Mineira do Empreendedor, fruto da parceria entre Jucemg, Sebrae Minas e prefeituras, tem desempenhado um papel fundamental neste sentido.

“O objetivo é melhorar e simplificar o ambiente de negócios em todo o estado, além de facilitar o surgimento de novas empresas, aumentar a competitividade e promover o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos”, ressalta Lígia.

Até o momento, 191 municípios aderiram ao projeto. Destes, 51 já realizaram a inauguração. Outras 140 cidades estão em fase final de implantação do projeto.

Segundo dados do Banco Mundial, enquanto Minas Gerais levava cerca de 16 dias para efetivar todo o processo de abertura de uma empresa, a média nacional era de 100 dias. “No estado, agora, esse prazo caiu para sete dias, aproximadamente”, informa a diretora da Jucemg.

Sustentabilidade

“Mais importante do que abrir uma empresa é criar um modelo de negócio sustentável ao longo do tempo”, salienta Daniel Oliveira, coordenador do Seed, outra ferramenta importante criada pelo Governo de Minas para impulsionar o desenvolvimento de negócios inovadores e fortalecer a cultura empreendedora no estado.

Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes), o Seed é parte do Minas Digital, que engloba uma série de iniciativas governamentais, parcerias e rede de networking

“Primeiro, levamos conhecimento ao empreendedor e, depois, o ajudamos a criar conexões com outras empresas e com o poder público. A gestão do negócio deixa de ser intuitiva e passa a ser intencional, o que ajuda na sustentabilidade do negócio”, explica Oliveira.

Até o momento, passaram pelo Seed 152 startups, sendo 36 estrangeiras, e 384 empreendedores, oriundos de 5.408 inscrições. Somente na última rodada, as 40 startups impactaram, aproximadamente, 45 mil pessoas, por meio de atividades de difusão no interior no estado.

Ao todo, foram realizadas mais de 1.000 horas em 520 atividades nos 17 territórios mineiros. A equipe de aceleração registrou 4.400 horas de mentoria personalizada, 120 horas de conteúdo compartilhado e 164 empregos gerados diretamente, mais de R$ 2,8 milhões de faturamento total das startups e R$ 7,5 milhões investimento captado.

Meu Primeiro Negócio

Em Minas, empreendedorismo também é assunto de sala de aula. Criado em 2017, o programa Meu Primeiro Negócio, coordenado pela Sedectes em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), tem como objetivo promover a cultura empreendedora entre alunos do ensino médio de escolas públicas estaduais, por meio da organização e operacionalização de empresas estudantis.

São 12 semanas de aulas em que os participantes aprendem conceitos de mercado, comercialização e livre iniciativa, sendo acompanhados por profissionais das áreas de marketing, finanças, recursos humanos e produção. 

“O programa permite ao jovem ingressar no ensino superior e no mercado de trabalho com mais capacitação. Também é uma forma de despertar o espírito empreendedor nestes estudantes. Alguns concluem o curso com vontade de abrir seu próprio negócio”, afirma Cecília Velasquez Serpa, diretora de Ambiente de Inovação da Sedectes.

Na primeira edição do programa foram contempladas 120 escolas da rede estadual, sendo 57 Escolas Polo de Educação Múltipla (Polem). As atividades beneficiaram 2.500 alunos e mobilizaram 120 professores e 200 voluntários.

Este ano, o número de instituições de ensino selecionadas subiu para 400. Doze mil alunos de 199 municípios serão beneficiados na segunda edição.

Agência Minas

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