Mitos e verdades sobre reforma da previdência

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Reforma tem previsão para ser votada em fevereiro no Congresso

Com previsão para ser votada em fevereiro, a reforma da Previdência ainda gera expectativa e muitas dúvidas na população. Mesmo em meio a muita polêmica, um dos pontos mais difundidos pela nova proposta para tentar conter o rombo é o da idade mínima para aposentadoria. Até 2038, homens se aposentariam aos 65 anos e mulheres aos 62.

Segundo o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro passou – desde a década de 40 – de 45,5 anos para 75,8 anos em 2016. O economista e membro do Conselho Regional de Economia Newton Marques defende uma discussão mais ampla em torno do assunto, mas admite ser necessário rever algumas regras do setor.

“Todas as vezes que existe um aumento na esperança de vida da população, o sistema de Previdência tem que ser revisto.”

Entre os mitos, segundo o Ministério da Fazenda, está o da não existência de déficit no setor. Uma CPI instalada no ano passado no Congresso afirma que não existe rombo da Previdência. Mas de acordo com informações do Tesouro Nacional, o rombo para 2017 ultrapassaria 181 bilhões de reais.

Outra dúvida gerada com a proposta da reforma é a de proteção para os mais ricos. Segundo o ministério, a ideia é acabar com privilégios e fazer com que a reforma atinja todos, inclusive parlamentares. O deputado do PPS do Paraná Rubens Bueno comenta.

“Você não pode imaginar uma previdência pública sendo feita para os mais ricos. A previdência pública é para os mais pobres, para aqueles que ganham menos.”

Sobre os trabalhadores rurais, as regras basicamente não mudam, deixando a idade mínima para aposentadoria em 60 anos para os homens e 57 para as mulheres, com 15 anos de contribuição.

Reportagem Jalila Arabi

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