Reforma da Previdência deve ser votada na semana que vem, diz Meirelles

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A reforma da Previdência deve ser votada na semana que vem, de acordo com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles. A declaração foi dada na noite de segunda-feira (11/12) no Prêmio Líderes do Brasil, realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Ele recebeu, durante o evento, o prêmio de economista do ano.

“Existe uma grande possibilidade de iniciar-se a discussão formal [sobre a reforma] e ser votada na próxima semana. Existe chance de votar nessa quinta, mas é menor. A chance de votar na próxima semana é maior, terça ou quarta”, disse o ministro. Segundo ele, o governo fará todo esforço para que seja votada na próxima semana.

Questionado por jornalistas se há votos suficientes para aprovação, ele respondeu que o trabalho em torno da votação ainda não terminou. “Tem exatamente um trabalho grande, vários partidos já se manifestaram a esse respeito, o PMDB fechou questão, o PPS fechou questão, vários partidos estão trabalhando nessa direção. Os presidentes dos partidos estão trabalhando visando a exatamente conseguir, ou fechar a questão ou que a maioria dos partidos votem, então é um trabalho em andamento”.

Meirelles ressaltou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; o presidente da República, Michel Temer; e ele próprio, estão trabalhando na direção da aprovação da reforma. “É um trabalho difícil em que estão todos trabalhando juntos”. De acordo com o ministro, a atual versão da reforma ainda garante importante ganho fiscal para as contas públicas.

“Não existe projeto ideal em uma democracia, todos os projetos são projetos possíveis. É um processo de discussão entre diversos setores da sociedade, representados no Congresso Nacional, e que se vota e ganha a maioria. O projeto é um projeto bom, isso é que é importante”, disse, ao ser questionado se o projeto atual é o ideal.

Melhor momento

Ao final do evento, o ministro voltou a falar com os jornalistas sobre a reforma. “A reforma da Previdência não é uma escolha de política econômica ou política geral, é uma necessidade, os números indicam isso. O Brasil precisa e vai fazer a reforma da Previdência. Achamos que o melhor momento é agora”.

Segundo ele, quanto mais cedo for aprovada, melhor. “Quanto mais atrasar, mais difícil fica a reforma mais a frente. Difícil não no sentido de ser feita, ela será feita, mas difícil porque terá que ser uma reforma mais dura. Quanto mais tempo o Brasil deixar passar, mais dura terá que ser a reforma”.

O ministro acredita que a reforma arual “é equilibrada, bastante justa e elimina desigualdades”.

Também participaram do evento, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi o homenageado do ano do Prêmio Líderes do Brasil; o ministro da Justiça, Torquato Jardim; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; e o prefeito da capital, João Dória.

Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

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