História
O atual município teve como núcleo inicial a antiga fazenda São Domingos, de propriedade de Francisco Tomás de Aquino Leite Ribeiro – o Comendador Leite.
Em 1882, o fazendeiro deu início ao patrimônio que, legado aos descendentes, veio mais tarde a formar a cidade de Lajinha. Após a morte do comendador e em decorrência da abolição da escravatura, a fazenda esteve em estado de abandono. Nos primeiros anos deste século, restava apenas uma cultura de café sem tratos.
Segundo a tradição, foi Francisco Mateus Laranja quem dirigiu os trabalhos de derrubada da mata aonde viria a crescer o povoado. Em 1910, o desbravador, junto com José Lucas de Barros, recebeu de Antônio Pedro Garcia, genro do Comendador Leite, um alqueire de terra onde foi erguida uma capela em honra a Nossa Senhora de Nazaré.
Em 1916, a sede do distrito de Santana do José Pedro – atual Santana do Manhuaçu – foi transferida para a povoação da Lajinha do Chalé. A redução do nome para Lajinha deu-se em 1929. Passou a município em 1938, desmembrando-se de Ipanema.
Curiosidade
Lajinha possui três datas comemorativas. Sabe por quê?
– A emancipação política do Município se deu em 17 de dezembro de 1938 por decreto do Governo do Estado de Minas Gerais. Portando, 17 de dezembro é a data oficial do aniversário da cidade.
– Para as comemorações da emancipação, foi nomeada uma comissão responsável para organizar os festeijos. A comissão, por sua vez, publicou um panfleto convidando a população para a festa de emancipação da cidade que se realizaria no dia 1º de janeiro de 1939. Passado algum tempo foi criado e oficializado o Brasão de armas do Município e nele foi grafada a data de 1º de janeiro de 1939, data da festa, quando na realidade deveria ter sido 17 de dezembro de 1938, data da emancipação.
Para a próxima festa da cidade, os organizadores contaram com o imprevisto das chuvas que aconteceram na região no período de dezembro a maio do ano seguinte, e então somente conseguiram realizar as festividades no mês de junho, no dia 22, e desde então os Lajinhenses teem conhecimento de que o aniversário de Lajinha é 22 de junho. – Em razão desse fato, a geração atual desconhece a data real do aniversário da cidade que é 17 de dezembro de 1938.
Geografia
Sua população estimada em 2007 era de 17.890 habitantes.
Economia
A economia da cidade é baseada na agricultura (cultivo de café) e no comércio. A exposição agrícola municipal é uma festa tradicional da cidade, para a qual vêm artistas nacionalmente consagrados.
Administração
Nas eleições, os pólos PMDB/PT e PSDB/PFL se revezam no poder. Nas campanhas eleitorais, a cidade entra em polvorosa. Comícios são realizados em toda a área rural do município, PRINCIPALMENTE NA ÁREA RURAL DE SÃO DOMINGOS E NO DISTRITO DA PRATA. O atual prefeito é Sebastião Moreira Bastos. Infelismente em Lajinha existe uma tradição de paixão política entre dois bichos – “Sapo e Jacaré”. Uma tradição que há anos impede a cidade de se desenvolver. Enquanto os municípios vizinhos se desenvolvem com políticas de base e de interesse da comunidade, os Lajinhenses apaixonados pelos seus sapos e jacarés vivem em pés de guerra e, enquanto isso, o município permanece estagnado no tempo sem nenhum desenvolvimento.
Hospitalidade e Turismo
Lajinha é uma cidade pequena, mas agradável, de um povo humilde e hospitaleiro. Serve como refúgio de pessoas, para passarem o tempo, por perto de Lajinha se encontra o Distrito do Prata e o Corrego Rico (povoado). A cidade conta com grandes fortalezas de rocha como cercanias naturais que podem ser exploradas como turismo ecológico. No centro da cidade encontra-se o Santuário de N. S. Aparecida instalado sobre a “Pedra da Baleia”. O Santuário é visitado anualmente, no mês de outubro, por mais de cinco mil pessoas de diversas partes da região, em uma verdadeira romaria em homenagem à padroeira do Brasil. O marco da cidade é a “Pedra Torta” que com sua beleza pode ser vista de vários pontos da cidade.