Louvando a Deus na escuridão

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A Guerra Civil Americana (1861-1865), também conhecida como Guerra da Secessão, ceifou quase 1 milhão de vidas, sendo 618 mil soldados. Foi uma guerra do Norte contra o Sul. Em 4 de março de 1861, onze Estados do Sul daquele país declararam-se independentes, criando um novo país a que chamaram Estados Confederados da América. O principal motor do conflito foi a questão da escravidão. O Sul, rural, baseava a sua economia na mão de obra escrava. O Norte, industrial, propunha a libertação dos escravos.

Como resultado dos confrontos, vários soldados do Norte estavam encarcerados na prisão de Libby, em Richmond, na Virgínia (Sul). O tratamento que os prisioneiros aí recebiam era desumano. Sem comida e sem agasalho, os soldados morriam como se fossem bichos. A cada dia chegavam mais prisioneiros para engrossar as fileiras de condenados. O clima era de desânimo e desespero.

Certo dia, cerca de dez horas da noite, um jovem pastor batista finalmente chegava cansado àquele lugar para uma visita. Ao notar as condições precárias em que os prisioneiros eram mantidos, o pastor assentou-se num canto, pôs o rosto entre as mãos e chorou. Nesse exato momento, uma voz solitária vinda lá de dentro começou a cantar a famosa doxologia: “A Deus, Supremo Benfeitor…”. Imediatamente outras vozes se juntaram àquele solista anônimo: “Vós, anjos e homens, dai louvor”. E a cada linha outras vozes se uniam, de modo que ao final do cântico, a prisão inteira vibrava com os ecos de “…a Deus o Filho, a Deus o Pai, / a Deus Espírito, glória dai”.

É fácil encontrar cantores nos dias ensolarados. Mas achá-los na noite escura da aflição é outra história. Como disse o poeta, “Fácil é cantar quando brilha o sol; deves tu cantar quando o mal surgir”. Acabado o hino, o pastor disse: “Mesmo prisões podem se transformar em palácios, se Jesus estiver presente”.

Pr. João Soares da Fonseca [email protected]

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