Retrato do Pai

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Um célebre rei da Polônia realizou grandes obras em seu reino, desenvolvendo um governo tão bom que as pessoas não se continham e lhe rasgavam sinceros elogios.

Um dia, alguém perguntou ao rei qual era o segredo do seu sucesso. A resposta dele foi: “Sou filho de um grande homem, e levo comigo, em um medalhão, o retrato dele. E durante o dia, olho muitas vezes para o retrato de meu pai”.

De fato, cada vez que o rei tinha de entrar em combate, ele era visto olhando fixamente para a foto do pai. Dizia ele que essa contemplação lhe fornecia entusiasmo, coragem e capacidade para a luta.

A Palavra de Deus nos oferece um retrato de nosso Pai. É aí que vemos como Deus é. A Bíblia descortina para nós o coração de nosso Deus. Ela nos revela o seu amor, paciência, bondade, justiça, santidade, paz, misericórdia, poder, majestade…

Ao examinar o que a Bíblia nos mostra de nosso Pai, recebemos novas forças para administrar as adversidades do dia a dia e adquirimos coragem para enfrentar os combates do cotidiano.

Não se trata, porém, de fazer uso mágico da Bíblia. Há pessoas que acham que a Bíblia deva ser usada como se fora um amuleto, um talismã poderoso para afastar o mau-olhado, o azar e a infelicidade. Por isso deixam-na aberta na sala, no quarto, sobre os móveis… Fazer isso é conferir a ela uma função supersticiosa, que ela não tem e, aliás, condena (1Sm 4.3). Não é neste sentido que ela é um livro poderoso. O Espírito diz dela: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12). Não se trata de deixar a Bíblia aberta sobre a cômoda, mas de acomodá-la no coração.

Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]

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