Foi assim
Que perdi minha estrela. Foi assim:
Pelos caminhos da vida
Eu ia seguindo.
Lá em cima ela estava, Brilhava com brilho sem igual.
Olhei para baixo, Contemplei a cidade das três colinas, Encantei-me com ela e todos seus prazeres.
Tudo era belo, Esqueci a missão que fazia caminhar:
Um menino eu devia encontrar.
Aos poderosos do mundo Fui prestar homenagem. Em meio à pompa e à riqueza
Esqueci o menino.
Foi assim
Que a estrela eu perdi E não mais encontrei,
Até que a cidade eu deixei E os poderosos abandonei.
Então de novo sua luz vi brilhar E o caminho outra vez me apontar.
Nós
Andamos devagar, porém sozinhos
Pela estrada da vida a caminhar,
Se encontramos, no entanto, só espinhos
Não deixaremos de ir sempre a cantar.
Estou contente, pois tu és o guia,
Que com firmeza os passos meus conduz,
Se o futuro o permite eu quereria Viver sempre por sob a sua luz.
Não me deixes, porém, abandonada, Pois se um dia faltar-me o teu amor,
Terei a vida sempre angustiada Sem conseguir por fim a minha dor.
Sendo, porém, tua felicidade Que te faz meu querido assim agir, Prefiro viver sempre da saudade
E da alegria de te ver sorrir!
Clícia Siqueira Labrunie