HISTORIA DO BRASIL

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PARA ENVIAR III – Continuação do numero anterior

O GRANDE PODER DAS CÂMARAS

            O governo geral, no desempenho de sua missão, seria auxiliado pelo capitão-mor, encarregado da defesa do litoral; pelo provedor-mor administrador das rendas da Coroa e pelo ouvidor-mor, responsável pela justiça. Ao governo central deveriam subordinar-se os donatários e as Câmaras Municipais. Estas, constituídas de vereadores, eleitos entre os “homens bons” do lugar, os proprietários, fixavam salários e preços das mercadorias, declaravam guerra ou faziam a paz com os índios e cobravam impostos. Seus poderes, até meados do século XVII, foram muito grandes, pois não interessava à Metrópole criar atrito com aqueles que se empenhavam em defender e desenvolver a produção de açúcar da colônia. A identidade de interesses entre o rei e os proprietários da colônia impediu a centralização do poder pelo governador e algumas Câmaras chegaram a ter representantes diretos em Lisboa.

OS PRIMERIOS GOVERNADORES

            O primeiro Governador Geral do Brasil Colônia foi Tomé de Souza, chegou em 1549, acompanhado por funcionários civis e militares, soldados, artesãos e missionários jesuítas, sob a chefia do padre Manoel de Nóbrega. (1549 a 1553). Construiu a cidade de Salvador para sede do governo, incentivou a lavoura canavieira e mandou buscar cabeças de gado nas ilhas de Cabo Verde. A pedido dos jesuítas foi criado neste período, pelo papa Júlio III, o bispado de Salvador, ocupando o cargo de primeiro bispo, Dom Pedro Fernandes Sardinha. Chefiados pelo padre Manoel de Nóbrega fundou a cidade de Salvador primeira capital do Brasil. Em 1551 foi criado o Primeiro Bispado do Brasil.

            Sem a capacidade administrativa de seu antecessor, o segundo governador, Duarte da Costa, enfrentou revoltas de tribos indígenas em quase todas as capitanias, atrito com o bispo e invasão dos franceses no Rio de Janeiro. O clima de agitação que dominou a colônia neste governo não impediu, no entanto o prosseguimento da catequese. Enviados para São Vicente, os jesuítas construíram, num planalto da serra do Mar, um colégio que deu origem a cidade de São Paulo.

            Quem conseguiu pacificar a colônia e iniciar o ataque aos franceses foi o terceiro governador, Mem de Sá, que ficou no Brasil de 1558 a 1572. De São Sebastião do Rio de Janeiro, cidade fundada por Estácio de Sá, os portugueses atacaram os franceses derrotando-os dois anos depois. Mem de Sá morreu no Brasil antes da chegada de seu substituto.

 

             Para facilitar a defesa da colônia o rei Dom Sebastião, em 1573, dividiu o Brasil em dois governos: A Repartição do Norte, com capital em Salvador, e a Repartição do Sul, com capital no Rio de Janeiro. Cinco anos depois foi feita a reunificação. O ano de 1578 marcava uma mudança de rumo na vida de Portugal e de suas colônias.

CONTINUA NO PROXIMO NUMERO.

HISTORIADOR E PROFESSOR JOSE AUGUSTO DE SOUZA

Postado por : Adriano Dias.

 

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