Orquestra Sinfônica de Minas Gerais em Manhuaçu

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Sob regência do maestro assistente e trompista, Sérgio Gomes

 Concerto também conta com peças dedicadas à cultura brasileira

A Orquestra se apresenta hoje 25 de julho, às 20:30 no Estádio Municipal Juscelino Kubitschek Cidade – Manhuaçu

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais,  em mais uma edição do projeto Concerto na Cidade, uma atividade de interiorização para promover a circulação da música clássica no Estado. Sob regência do maestro assistente e trompista, Sérgio Gomes, a OSMG executa diversas composições que passeiam pelo estilo Romântico, popular na Europa durante o século XIX, e obras que marcaram a produção operística brasileira. O programa conta com peças de Bizet, Liszt, Brahms, Von Suppé, Carlos Gomes, Rossini e Borodin.

O Concerto na Cidade tem início com a execução da abertura da ópera Carmen, do francês Georges Bizet. A peça inseriu elementos exóticos da Espanha a uma arte que estava ligada principalmente à Itália e à Áustria. Em seguida, a OSMG traz para o público as raízes típicas da cultura húngara, com a execução de duas importantes peças que retratam a improvisação de estilos na música orquestral. Rapsódia Húngara No. 2, do compositor húngaro Franz Liszt, e Dança Húngara, do alemão Johannes Brahms. As obras, compostas no século XIX, trazem fortes referências das tradições ciganas e utilizam alternâncias de passagens lentas e rápidas entre um movimento e outro.

Para o regente assistente e trompista da Orquestra Sinfônica, maestro Sérgio Gomes, o Concerto na Cidade é um evento de extrema importância para a difusão da música clássica por todo o Estado. “Esse concerto é uma excelente oportunidade não só para a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, já que temos a experiência de levar a música para diferentes locais, como para o público, que pode conhecer um estilo diferente, com repertório muito variado”, destaca.

Manhã, Tarde e Noite em Viena, abertura da opereta composta pelo croata Franz Von Suppé  também integra o programa. A peça ficou famosa ter servido de trilha sonora para diversos desenhos animados, como Pernalonga, da franquia Looney Tunes. A obra foi executada em 20 de julho, pela OSMG, durante a série Concertos no Parque. Naquela edição, o programa celebrava composições clássicas que inspiraram roteiros de filmes e desenhos infantis.

O público também vai conferir a introdução instrumental da ópera Guilherme Tell,do italiano Gioachino Rossini. A peça, explica o Sérgio Gomes, “tem um efeito orquestral digno do Romantismo, que viria muitos anos mais tarde, com a divisão de sua abertura em 4 partes altamente descritivas”. Outro representante do Romantismo Europeu é o compositor russo Aleksandr Borodin. A composição Danças Polovitsianas do Príncipe Igor, resgata o folclore e as tradições do povo russo. “Essa é uma das características mais marcantes de alguns compositores da Rússia do século XIX”, destaca Marcelo Ramos.

Repertório nacional – O Escravo, de Antônio Carlos Gomes, completa o repertório nacional. A OSMG executa o ato IV, Alvorada. Essa parte da composição retrata, com matrizes orquestrais, as sonoridades vivas da madrugada de uma floresta tropical. Sérgio Gomes explica que a peça traz um “dinamismo orquestral muito empolgante, formando um belo poema que pode e deve ser apreciado pelo público do concerto”.

Para encerrar o Concertos na Cidade, A OSMG executa No Tabuleiro do Samba – Suíte Minas Gerais.  A peça reúne, em versão orquestral, alguns dos grandes sucessos do mineiro Ary Barroso, um dos principais representantes da música popular brasileira. Composta em 2004, por Marcelo Ramos, a obra também celebra outros nomes da música nacional como Milton Nascimento, Caetano Veloso, Renato Russo e Paulinho Pedra Azul.

Sérgio Gomes – Graduado em trompa pela UFMG, nasceu no estado do Rio de Janeiro e iniciou seus estudos musicais com seu pai o maestro Sebastião Gomes, e de trompa aos 11 anos na Escola de Música de Brasília. Em 1977 passou a integrar como primeiro trompista a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Em 1981, foi convidado a participar da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais como primeiro trompista atuando também como solista da referida instituição em várias oportunidades. Participou nesse período como músico convidado da maioria das orquestras sinfônicas brasileiras. Na área de música de câmara participou dos mais importantes grupos do gênero em Belo Horizonte. Foi professor do Centro de Formação Artística da Fundação Clovis Salgado e da Escola de Música de Universidade do Estado de Minas Gerais. Atuou como regente e ensaiador da OSMG como assistente dos regentes Holger Kolodziej, Marcelo Ramos e Roberto Tibiriçá. Atualmente, Sergio é primeiro trompista solista e regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Fundada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais se destaca pela variedade e versatilidade de sua programação, que inclui óperas, obras sinfônico-corais, programas com música popular brasileira, música com cinema, e uma série gratuita no Museu Inimá de Paula, em apresentações ao ar livre, na capital e no interior. Seu regente titular é o maestro Marcelo Ramos, mestre em regência orquestral pelo Cleveland Institute of Music (EUA) e Doutor em artes e regência orquestral pela Ball State University (EUA). Marcelo está em sua segunda passagem frente ao conjunto mineiro, onde atuou entre 2003 e 2008.

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