Ouro Preto é palco da 6ª edição do Seminário Patrimônio Cultural

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A Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) promove a sexta edição do Seminário Patrimônio Cultural – Conservação e Restauração no século XXI, de 24 a 28 de setembro, em Ouro Preto. As inscrições para apresentação de estudos de caso durante o evento são gratuitas e podem ser feitas até 29 de agosto. Tanto o regulamento quanto a ficha de inscrição estão disponíveis no site da Faop (www.faop.mg.gov.br). Cada interessado poderá inscrever apenas um trabalho.

Os estudos de caso vão integrar a programação oficial do seminário, totalizando seis apresentações. Uma comissão da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, da Faop, avaliará os trabalhos. O resultado será divulgado em 10 de setembro.

Neste ano, o Seminário Patrimônio Cultural é focado em Políticas Públicas e Soluções Criativas. A escolha do tema decorre da análise de que as cidades históricas devem ser tratadas em sua totalidade, o que envolve fatores sociais e ambientais, além de materiais. O evento é voltado para profissionais, gestores culturais, professores, estudantes e demais interessados nos processos, desafios e possibilidades da conservação e restauração do patrimônio cultural material.

Programação

A programação inclui conferências, mesas de debate, minicursos, estudos de caso, exposições entre outras atrações. O objetivo é incentivar a preservação do patrimônio cultural abordando os principais aspectos que permeiam a conservação e a restauração no século XXI: o pensar, o ensinar, e o fazer – que formam as três mesas-redondas do evento. A iniciativa fomenta, ainda, a troca de experiências entre os participantes.

Para a conferência de abertura, a convidada Ana Carla Fonseca, da Garimpo de Soluções – economia, cultura e desenvolvimento, instigará os participantes a pensar soluções criativas que envolvem o binômio sustentabilidade e patrimônio, em busca de novos olhares e novas vivências, considerando que pertencimento é um dos pilares da cidade criativa, sem o qual não se alcança o bem-estar e o desenvolvimento.

Os convidados da mesa “O Pensar” – presidente do Iphan, Luis Fernando de Almeida; presidente do Iepha, Fernando Cabral; e secretário municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, Gabriel Simões Gobbi – abrem o debate em um importante espaço de reflexão das três instâncias: federal, estadual e municipal. A mesa “O Ensinar” terá a participação de Leandro Benedini Brusadin – professor do departamento de Turismo da Ufop e autor do livro “Valor Patrimonial e Turismo: limiar entre história, território e poder” – Josanne Guerra Simões e Jason Santa Rosa – Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale. Já na mesa “O Fazer”, o professor José Newton Coelho Meneses (UFMG), autor do “Dossiê Interpretativo dos Modos de Fazer Queijo Artesanal em Minas Gerais” (IPHAN, 2008), apresenta o processo e características desse registro.

O professor de Linguística Valdemir Miotello (Ufscar) encerra os trabalhos com a conferência “O Ato Responsável como nossa ação política”. Três questões vão dar o tom da sua fala: Como e qual sujeito se constitui nas relações contemporâneas? O ato responsável é um ato a ser vivido a partir da vivência individual ou coletiva? Que decorrências se tira daí para nossa ação política hoje?

Noções de cidadania, identidade, tradições, cultura, patrimônio e modernidade fazem parte do diálogo entre presente, passado e futuro, considerando as relações entre espaço público, comunidade ouro-pretana e turistas, além da importância da articulação entre agentes públicos e privados para o incremento da economia e melhorias sociais coletivas. Em breve, a Faop abrirá as inscrições para participantes do seminário.

Curso Técnico em Conservação e Restauro

Ouro Preto, reconhecida como cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, é o cenário ideal para a formação de profissionais ligados a conservação, restauração e preservação. Essa característica originou o Curso Técnico em Conservação e Restauro da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade – pertencente à Faop.

O curso surgiu com o famoso restaurador Jair Afonso Inácio, na década de 1970. É considerada a primeira experiência na formação de profissionais de forma regular no Brasil. Em 1981, foi dividido em disciplinas, com ênfase na conservação e restauração de três suportes: escultura policromada, pintura de cavalete e papel. Até hoje, é o único curso formal reconhecido pelo MEC nessas três especificidades. A grade curricular do curso é distribuída em quatro módulos semestrais, com carga horária total de 1552 horas, incluindo o estágio curricular.

Agencia Minas

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