PROFISSÃO: JORNALISTA

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Luiz Carlos Amorim – Fpolis SC
luizamorim3jpeg É um retrocesso o que o Supremo Tribunal Federal fez ao acabar com a exigência de diploma para a profissão de jornalista. Como é que uma profissão como esta, que tem trazido a público denúncias graves de sequelas (por que não dizer crimes?) em vários segmentos da sociedade, principalmente da politicagem que se pratica neste país, pode ser exercida por qualquer pessoa, sem que tenha tido qualificação adequada, formação apropriada?

Os fatos têm que ser mostrados com clareza e exatidão, não podem ser transmitidos por qualquer um, que não tenha estudado para isso, que não tenha sido preparado para isso.

Não falo de quem, como eu, tem um espaço na imprensa para falar deste ou aquele assunto, pois a responsabilidade do que eu declarar é minha, já que estou externando uma opinião pessoal, que pode coincidir, até, com a visão da maioria. Posso até revelar fatos, para comentá-los, mas a minha função não é comunicar o que está acontecendo, dar notícias. Posso até ser formador de opinião, mas não sou o redator de acontecimentos que são notícia.

Será que estão achando que a profissão de jornalista está acabando, por causa da revolução na comunicação que a Internet está causando? O fato de alguns jornais impressos estarem perdendo força, terem parado de circular, pelo mundo, não quer dizer que o jornalismo vá acabar. Pelo contrário, nunca de disseminou tanto a informação como hoje. Então, mais do que nunca, o jornalista precisa ser preparado, pois está havendo, sim, uma mudança na maneira de dar a notícia. Mas o jornalista não sairá de cena, absolutamente, o bom profissional será cada vez mais necessário, daqui por diante.

Ele precisa, sim, de formação, para que tenhamos informação confiável e correta em todas as mídias. A informação, atualmente, é instantânea, mas precisa ser verdadeira.

Nada contra aquele que está exercendo a profissão sem ter o diploma, a prática é uma boa escola, mas o ideal é começar a trabalhar com respaldo, com base, com conhecimento, sem fazer da profissão um laboratório, sem obrigar o leitor a consumir experiências e tentativas que podem não ser muito felizes.
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Sobre o autor: Luiz Carlos Amorim é Coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC, com 29 anos de atividades e editor das Edições A ILHA, que publicam as revistas Suplemento LIterário A ILHA e Mirandum (Confraria de Quintana), além de mais de 50 livros. Editor de conteúdo do portal PROSA, POESIA & CIA. e autor de 25 livros de crônicas, contos e poemas, três deles publicados no exterior. Colaborador de revistas e jornais no Brasil e exterior – tem trabalhos publicados na Índia, Rússia, Grécia, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Cuba, Argentina, Uruguai, Inglaterra, Espanha, Itália, Cabo Verde e outros, e obras traduzidas para o inglês, espanhol, bengalês, grego, russo, italiano -, além de colaborar com vários portais de informação e cultura na Internet, como Rio Total, Telescópio, Cronópios, Alla de Cuervo, Usina de Letras, etc.

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