Iniciativa da SEE aumenta número de instituições atendidas em áreas de vulnerabilidade social. Intenção é aproximar pais e moradores da comunidade escolar
O projeto “Escola Viva, Comunidade Ativa”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (SEE), cresceu em 2013. A iniciativa, que fechou 2012 com 503 escolas participantes, já contabiliza 544 instituições de ensino envolvidas nas ações. O projeto atua em áreas com índices expressivos de vulnerabilidade social com a intenção de envolver alunos, professores, pais e moradores da comunidade em atividades culturais, artísticas, esportivas e recreativas.
“Acredito que a escola só é bem sucedida com participação da comunidade nas ações educativas. Ela não pode estar distante dos moradores do entorno, visto que é um espaço de educação e aberto a todos. A partir do momento em que a comunidade se sente pertencente àquele espaço, ela passa cuidar do patrimônio”, ressalta a gerente do projeto, Maria Geralda Vilela Cupertino.
Uma das ações do “Escola Viva, Comunidade Ativa” é o “Abrindo Espaços”. A iniciativa, que tem como objetivo a apropriação do espaço escolar pela comunidade, estimula a criação de oficinas de arte, culinária, esporte e música nos finais de semana. “Por meio das oficinas que o projeto financia, a comunidade pode ver a escola com outro olhar, sentindo que o espaço pertence a ela”, afirma Maria Geralda.
Para participar do “Abrindo Espaços” a escola deve elaborar um plano de trabalho e solicitar à SEE a liberação do recurso para a aquisição do material de consumo. No total, foram destinados mais de R$ 252 mil para que as escolas possam abrir nos finais de semana e receber a comunidade. Entre elas está a Escola Estadual Santos Dumont, do município de Espinosa, Norte de Minas. “A escola está em uma área de vulnerabilidade social e atende a uma clientela que não tem acesso a cultura”, conta a diretora da escola, Alex-Sandra Davi Canguçu Tolentino.
A Escola Estadual Santos Dumont oferece oficinas de contação de histórias, dança e teatro. Ainda em julho deste ano, começa a oficina de jogos e cinema e a preparação para o vestibular. As atividades são, prioritariamente, para os alunos mais disciplinados. “O bom comportamento em sala de aula é uma condição para a participação das oficinas”, diz a diretora.
A gestora acredita que receber a família dos alunos nos finais de semana também é importante e vê isso como uma forma de fazer com que eles se envolvam mais na vida escolar dos estudantes. “Os encontros facilitam o entendimento e a responsabilidade. Dessa forma, chamamos a responsabilidade deles, para que participem da vida escolar do aluno, pelo menos no final de semana”, afirma a diretora.
“No começo, quando falaram que teríamos que vir à escola no sábado, não gostei. Mas, as atividades são muito boas, principalmente as oficinas de dança e teatro”, conta a aluna do 7º ano, Bruna Taís Gonçalves de Sá, cuja mãe já participou de atividades na escola.
Outras ações
Além do “Abrindo Espaços”, o “Escola Viva, Comunidade Ativa” possui outras ações, como as fanfarras. Com recurso repassado pela SEE, a escola adquire instrumentos musicais e os alunos podem, aos finais de semana, irem até lá para aprenderem a tocá-los. O projeto também investe em atividades de campo. Para isso, a SEE repassa recurso para deslocamento e lanche dos estudantes.
Agência Minas