Kaká quer ser titular e diz que pode ajudar muito a seleção “no curto prazo”

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Kaká comemora gol do Brasil em amistoso contra o Japão(Reuters) – Novato no pentacampeonato da Copa de 2002, titular em 2006 e 2010, e relegado em 2014, o meia Kaká acredita que pelo menos no curto prazo ainda pode agregar à seleção brasileira na fase de transição comandada por Dunga após a decepção na Copa do Mundo.

“Pessoalmente faço uma programação de curto, médio e longo prazo. Acho que no curto prazo posso acrescentar muito à seleção brasileira e ao longo prazo vamos ver o quanto eu posso continuar acrescentando”, disse Kaká nesta quarta-feira a jornalistas na China, onde o Brasil se prepara para o amistoso de sábado com a Argentina.

Ao ser questionado o que para ele representaria um curto prazo, Kaká, de 32 anos, citou os amistosos contra Argentina e Japão, e as partidas de novembro contra Turquia e Áustria, mas falou que a Copa América do Chile, em 2015, e as eliminatórias para a Copa de 2018 já fazem parte de um planejamento de médio prazo.

“O curto prazo é hoje, os dois amistosos, depois tem mais dois amistosos; no ano que vem tem Copa América e já começa também a eliminatória. Aí já é um médio prazo e vamos ver como as coisas vão caminhando”, afirmou o meia do São Paulo, convocado por Dunga para o lugar do atacante Ricardo Goulart, do Cruzeiro, que se machucou.

Kaká, que no ano que vem vai jogar a liga norte-americana, disse que chegou à seleção para lutar pela titularidade. “Venho para concorrer mesmo, para brigar pelo meu lugar. É claro que sempre respeitando as decisões do treinador e com muito respeito pelos meus companheiros.”

EXPERIÊNCIA

Kaká já percorreu todas as fases de um jogador dentro da seleção brasileira. No Mundial de 2002, foi uma surpresa na lista do técnico Luiz Felipe Scolari e acabou se sagrando campeão mundial. Depois, com experiência internacional, foi protagonista nos fracassos em 2006 e 2010. Na Copa deste ano, no Brasil, ficou de fora por decisão de Felipão.

“Todos os momentos são legais de curtir e viver. Agora, é a fase mais maduro, mais experiente, sendo um dos líderes desse grupo”, afirmou Kaká em Pequim. “É muito bacana ser referência para alguns jogadores, mas já estive no lugar deles um dia. Hoje estou nessa posição e futebol cria essas situações.“

No Mundial em casa, a seleção demonstrou instabilidade emocional, e, para alguns críticos, atletas mais maduros, como Kaká e Robinho, fizeram falta.

O volante Luiz Gustavo admira os veteranos, mas não acha que a história seria diferente contra Alemanha (derrota de 7 x 1) e Holanda (derrota de 3 x 0), na Copa do Mundo.

“Não sei se eles fizeram falta no Mundial. Fizemos tudo que podíamos fazer na Copa … é uma nova fase e sem dúvida Kaká e Robinho têm muita qualidade”, afirmou ele, que esteve no Mundial deste ano.

O lateral-direito Danilo, no entanto, acredita que os jogadores mais velhos dão suporte aos novatos. “Quem é mais novo sempre tem um pouco de vergonha no dia-a-dia. Esses caras experientes te dão mais tranquilidade. Sempre acompanhei Kaká e Robinho, e jogar ao lado deles é um prazer muito grande”, afirmou.

Sem a presença de um medalhão da posição no grupo, já que Daniel Alves e Maicon ficaram de fora, Danilo, ex-Santos e atualmente no Porto, vive a expectativa de ser titular nos próximos dois amistosos. Nos Estados Unidos, em setembro, o titular no primeiro jogo foi o veterano Maicon, que acabou sendo cortado por indisciplina.

“Eu já vim com a cabeça para ser titular, para jogar. Sei que é uma responsabilidade grande, mas é o meu momento e tenho que assumir isso”, declarou o lateral.

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