Primeiros contemplados com Bolsa Pódio são atletas paralímpicos

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dilma_paralimpico1A presidenta Dilma Rousseff anunciou os 44 primeiros atletas que receberão a Bolsa Pódio, com valores entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. Todos são atletas paralímpicos e receberão em homenagem a seu desempenho no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico de Lyon, na França. Na competição, encerrada domingo (28/07), os brasileiros ficaram na terceira colocação geral no quadro de medalhas.

“Muito me orgulha começar com os atletas paralímpicos. Serão 160 bolsas, e começamos com os atletas paralímpicos.  E elas [bolsas] têm um sentido muito concreto. Com a bolsa, queremos ajudar na profissionalização, no acesso a melhores práticas, [dar] condições adequadas de trabalho e, sobretudo, viabilizar uma vida tranquila para que o atleta não precise se preocupar tanto com as condições de sobrevivência”, disse a presidenta.

Em pé ao lado da delegação brasileira, Dilma deixou de lado discurso preparado para a cerimônia e falou de improviso. Por diversas vezes, ela se afastou do microfone para falar diretamente aos atletas. Dilma parabenizou os atletas pelo desempenho no campeonato mundial e ressaltou que os bons resultados servem de exemplo e orgulho para o país. “Cada brasileiro olha para vocês com carinho, admiração, respeito pelo comprometimento e desempenho. Vocês demonstraram que existem valores que devemos cultuar e cultivar: o empenho, a determinação, o trabalho árduo e a alegria de vencer.”

O Programa Bolsa Pódio faz parte do Plano Brasil Medalhas, que investirá, até 2016, segundo o Ministério do Esporte, mais de R$ 1 bilhão no esporte nacional. A meta é possibilitar que o Brasil fique entre os dez primeiros colocados nos Jogos Olímpicos de 2016 e entre os cinco melhores nos jogos paraolímpicos do mesmo ano.

Recordista mundial e ganhador de quatro medalhas no Campeonato Mundial Paralímpico de Lyon, o velocista Alan Fonteles disse que o investimento do governo ajuda no crescimento do esporte paralímpico. Ele ressaltou, no entanto, a necessidade de atenção às categorias de base. “O Plano Brasil Medalhas ajuda os atletas, mas o Brasil também precisa trabalhar bastante na base e nos centros de treinamento, dos quais é um pouco carente, e que são necessários para dar aos atletas melhores condições de competir.”

De acordo com Fonteles, é preciso também olhar para a base porque, um dia, ele e outros atletas de ponta vão parar. “Os atletas novos é que vão levar o Brasil para a frente”, disse Fonteles.

Segundo Ariosvaldo Fernandes da Silva, ganhador da medalha de bronze no campeonato mundial nos 100 metros em cadeira de rodas, o programa ajudará na preparação para os Jogos Paralímpicos. “É um investimento importante e um fator que vem ajudar na nossa preparação. Não tem como fazer um esporte para paralímpico sem essa ajuda. Temos muitos gastos no dia a dia, com equipamento e com alimentação. Ajuda muito.”

Agência Brasil

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