A consciência política e a cidadania

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unnamedArmando Bartolomeu de Souza e Silva Filho

Sei que esse texto pode parecer, a princípio, um monólogo de um maluco… Mas se prestar bastante atenção ficará constatado que não. É um diálogo com a consciência buscando uma lógica conceitual. Tenho me acostumado a ver o povo pedir socorro aos “outros” e me surpreendo quando percebo que esses “outros”, na verdade, somos nós mesmos na terceira pessoa… Como se fossemos pecadores penitentes pedindo a “Deus”, para o qual a maioria pouco se lembra de rezar, que envie seu “exército de anjos” para nos livrar do fogo do inferno comunista. Para que venham nos salvar de nós mesmos que, de alguma forma, permitimos e “inocentemente ou oportunamente” incentivamos falsos profetas a nos enganar, roubar e reprimir. Isso fica evidente quando percebemos que, infelizmente, ainda não conseguimos aprender os verdadeiros conceitos de justiça, cidadania e muito menos o de patriotismo. Ainda hoje existem pessoas que, de tão sofridas, se permitem acreditar cegamente nas palavras de anarquistas oportunistas que pregam ideologias fanáticas, absolutistas, se dizendo progressistas, onde é intencionalmente distorcido o equilíbrio de conceitos fundamentais como: obrigações, direitos e deveres. Dessa forma prometem o paraíso na terra para os desamparados morais, culturais e sociais. A propaganda maciça, no estilo nazista, garante que tudo tem que, necessariamente, ser de todos, igualmente. Excluindo-se os benefícios de seus líderes, é claro. Indiferentemente de qualquer outra coisa, principalmente a coerência, o trabalho e a justiça. Dentro destas ideologias utópicas e oportunistas está o falso contexto de que o Estado deve fornecer de “graça” tudo o que as pessoas precisam: saúde, educação, segurança, transporte e etc.. Mas, infelizmente, na vida nada é de graça. Sempre, de uma forma ou de outra, alguém tem que trabalhar muito e pagar caro por tudo o que é distribuído de “graça”, O mais incrível é que essas pessoas não são capazes de compreender que em uma democracia livre e Constitucional de Direito, tudo é de todos: nossa história, cultura, tradições, princípios, realidade política, social e econômica. Nossas instituições, infraestrutura social, ruas, praças, estradas, parques, jardins, monumentos históricos… Que precisamos preservar e defender, porque são nossos. Os bens mais importantes são: a família, a educação e direitos iguais. O tripé que edifica a nossa sociedade. Muito embora, infelizmente, poucas vezes tenhamos oportunidades iguais. Esses bens preciosos são necessidades que conquistamos com nosso próprio esforço e sacrifícios. Por isso são direitos. Quando qualquer um desses pilares se fragmenta tudo o mais começa a desmoronar. A partir de então surge à anarquia, os oportunistas da dor alheia, a “prostituição social”. Poucos passam a ditar o que é certo ou o que é errado. Assim, muitos se tornam excluídos, marginalizados, reprimidos e rotulados. Seus direitos individuais e trabalhistas são negados. O medo se torna maior do que a importância das nossas necessidades, ou valores. Ninguém quer se comprometer ou sair de sua “zona de conforto”. Em vez de participar ativamente de vida social e política, protestar contra os desmandos e crimes comuns praticados pelos oportunistas, travestidos de defensores das liberdades individuais, dos populistas ditatoriais e inimigos do progresso social, se calam. Tudo tem o seu preço… Não somos culpados, mas somos todos responsáveis. Ou pelo menos deveríamos ser… Por isso cresce todos os dias o número de pessoas que pede socorro as Forças Armadas para “desinfetar” os poderes constitucionalmente constituídos e corrompidos. Embora seja um pedido “lúcido” porque a sociedade se sente vulnerável, despreparada e incapaz de evitar que o poder Executivo mude a ideologia de governo, transformando o nosso Brasil livre, democrático e republicano em um país “bolivarianista” (a versão tropical do comunismo), subvertendo o Legislativo e o Judiciário, mesmo sem nenhum apoio popular. Mas enquanto o “inimigo” faz apenas propaganda, bravatas e tumultos com o propósito de intimidar e desviar a atenção da população dos seus desvios de conduta, corrupção e crimes comuns, à sociedade civil, assim como nos países mais desenvolvidos, tem de enfrentar suas crises. São casos de polícia. Apurar, processar e condenar esses bandidos. A função das Forças Armadas não é a de agir como Polícia Civil, Cruz Vermelha ou a Assistência Social. A sociedade precisa enfrentar a viralização das tentativas de desconstrução social, dos nossos princípios, cultura, tradição e da democracia conquistada com o sangue de muitos que lutaram e morreram por ela. Se tudo falhar e a Segurança Nacional ficar em risco, então as Forças Armadas cumprirão como sempre cumpriram sua função constitucional. Tenho plena certeza. Não resta dúvida sobre o patriotismo, o preparo e a bravura das Forças Armadas. Rezemos apenas para que essa Intervenção Constitucional Militar não seja necessária. Mas se for, que os nossos militares não demorem a intervir, pois cada instante de atraso significará perdas irreparáveis para o Brasil e para cada um dos brasileiros.

 

Armando Bartolomeu de Souza e Silva Filho, integra a Central de Coordenação de Intervencionistas (CCI)

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