Havia um homem que vivia sempre sereno e atraía a atenção de pessoas que paravam para conversar. Todos ficavam curiosos para saber qual era o motivo de seu constante bom humor. Um dia, o rei o procurou e falou-lhe:
–Você está sempre alegre. Será que nunca fica preocupado com alguma coisa? Não se preocupa nem mesmo com o seu destino? Será que não pensa nos pecados dos quais Deus vai lhe pedir contas? Afinal, nesta vida, todos somos pecadores!
–Vossa majestade tem toda razão – respondeu o homem. – Eu imagino que a gente está amarrado a Deus por uma corda. Quando pecamos, Ele corta a corda, mas quando nos arrependemos e pedimos perdão, Ele pega as duas pontas e dá um nó para reatá-las.
–Mas, o que significa isso? – questionou o rei.
–Desse jeito, a corda fica mais curta e a gente se aproxima de Deus! Os anos passam e, apesar do esforço, a gente continua falhando, porém, Ele vai dando mais nós na corda e, cada vez mais, vamos ficando muito perto Dele. Este é o motivo que me faz viver feliz.
O rei ficou maravilhado com a sabedoria e a coerência das palavras do homem, e entendeu a felicidade daqueles que, embora pecadores, se arrependem e amam a Deus.
Refletindo nas duas histórias, concluo que quanto mais ouvimos a santa Palavra e perdoamos as pessoas, mais manso fica o nosso coração para acolher o amor de Deus. Assim como eu, quem já fez essa experiência sabe que a prática da fé é como um banho: a cada dia precisa ser repetido, independente do quanto foi eficaz no dia anterior. Mas, quem insiste nas doses de bobagens que contaminam a alma, vai se afastando do Senhor.
E a sua corda atada a Deus, com que tamanho está? É curta ou tem quilômetros de comprimento? As novelas e as besteiras que passam na TV continuam presentes em sua vida? Acorda!
De tantos nós do passado, a minha corda já está bem curta. Agora cuido para que não precise mais ser cortada.