Apoiado por um robô, médico reconstrói rim de criança de apenas 8 anos

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Método evitou que o paciente entrasse para a lista de espera por um transplante de rim

O Hospital Felício Rocho continua com o seu pioneirismo em inovação e realização de cirurgias através de robôs. Esse novo procedimento salvou a vida de um paciente de apenas oito anos. A criança sofria de estenose da junção uretero pélvica (JUP), doença que obstrui as funções do rim e pode levar a perda do órgão.

O procedimento realizado foi uma pieloplastia no robô, um método eficaz capaz de reconstruir o rim, tornando o órgão saudável outra vez e elevando a qualidade de vida do paciente. O médico responsável, Dr. Otávio Augusto, urologista do Hospital Felício Rocho, esclarece o quanto a intervenção cirúrgica foi necessária para a saúde da criança.

“Essa doença ocasiona estase da urina e aumento da pressão dentro do rim, podendo causar infecções e até mesmo perda da função deste órgão. Caso o paciente não se submetesse ao procedimento cirúrgico robótico, ele poderia até mesmo perder um dos ruins. Fato que prejudicaria muito a qualidade de vida deste paciente, uma vez que ele ainda é muito jovem (oito anos) e tem toda vida pela frente”, esclarece o urologista.

São muitos os benefícios que o procedimento trouxe ao jovem paciente. Um deles foi o descarte da possibilidade de enquadrar a criança na fila de espera por um transplante de rim. De acordo com dados levantados pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), a lista de pacientes que aguardavam pelo órgão no Brasil chegou a 23.262 em fevereiro de 2019. 4,5% dessas pessoas estão Minas Gerais, o que representam 1.047 pacientes.

Para Dr. Otávio, o uso do robô foi de extrema valia. “Esta reconstrução é muito delicada, especialmente nas crianças porque as estruturas são muito finas. Para maiores de três anos, a via laparoscópica é a mais recomendada por ser menos invasiva. Na cirurgia robótica além de ser ainda menos invasiva, a visão tridimensional, a destreza e maior precisão dos movimentos permite uma reconstrução dessa porção do rim com maior delicadeza e eficiência”, contextualiza.

A partir de todas essas habilidades, a opinião de muitos especialistas da área, é que a reconstrução da junção uretero pélvica pela técnica robótica é bastante superior em qualidade e resultados. Dr. Otávio acompanha este raciocínio e ainda justifica outros benefícios que o robô cirurgião pode oferecer ao paciente recém-transplantado.

“Por ser uma incisão mínima e agredir muito pouco o organismo, o paciente acaba se recuperando mais rápido do procedimento. Além disso, o risco cirúrgico é menor, o processo de cicatrização é menor, a estadia do paciente no hospital é menor, e o risco de infecção hospitalar é menor.  Ou seja, ele pode voltar à sua rotina com mais agilidade e com uma melhor qualidade de vida”, conclui.

Ícaro Ambrósio

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