CBH Manhuaçu no Fórum Mineiro de CBHS

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Nos dias 12 e 13 de fevereiro, em Belo Horizonte, ocorreu o 58º Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas. A reunião foi promovida, pela primeira vez, na sala do COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental , no Terminal Rodoviário. O coordenador do FMCBH, Marcus Vinícius Polignano, o coordenador do FNCBH – Fórum Nacional, Hilderaldo Buch, o presidente do CBH do Rio Paraopeba, Winston Caetano, e a diretora geral do IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Marília Melo, compuseram a mesa de destaque. O CBH – Comitê da Bacia Hidrográfica Águas do Rio Manhuaçu – esteve representado pela sua secretária executiva adjunta, Flávia Dias.

O encontro contou com a participação de diversos membros do Fórum Nacional de CBH’s que vieram conhecer o que houve em Brumadinho e prestar apoio aos colegas de Minas. Vários Estados estavam representados entre eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí, Maranhão, Bahia, Espírito Santo, entre outros.

Diversos deputados foram convidados a participar do Fórum, compareceram os parlamentares Betão, Marquinho, Celso, Andréia de Jesus e Jean. O promotor de Justiça que está acompanhando o caso senhor Generoso. O debate foi focado em torno da idéia de revisão de leis e controles, além de se buscar punição para os reais culpados.

Caso Brumadinho

A diretora do IGAM, Marília Melo, falou da contratação da empresa de suporte aos comitês que não possuem cobrança. Foi citado o valor de R$ 16 milhões a serem disponibilizados em cinco anos. Falou ainda sobre quais ações estão sendo desenvolvidas no caso do crime ambiental praticado pela Vale, em Brumadinho.

O presidente do CBH Paraopeba, Winston Caetano de Souza, fez uma fala sobre o drama dos últimos dias que vêm passados após o rompimento da barragem da Vale no Córrego do Feijão.

Para Polignano, do FMCBH e do CBH Rio das Velhas, é fundamental a mudança na legislação de segurança barragens. “O que nós queremos é que se mude a legislação em nível nacional, que se instale as CPIs no Senado e na Câmara Federal, para que se apure não só as responsabilidades, mas as fragilidades todas da legislação que permitiram que essa situação criminosa acontecesse em Minas Gerais”, afirma.

Anivaldo Miranda, presidente do CBHSF, cuja bacia é responsável por abastecer 70% da região nordeste do Brasil, preocupa-se com as águas que vão chegar no lago de Três Marias, local onde o Rio Paraopeba deságua no São Francisco. “Um desastre como esse, que comprometeu um rio de grandes dimensões e da importância como é o Paraopeba, afeta todo mundo. Nós estamos preocupados porque há outras barragens que, se desmoronarem, poderão atingir o São Francisco com muito mais gravidade e não podemos correr esse risco”, alertou.

Os fóruns Nacional e Mineiro fizeram alguns encaminhamentos, por meio de moções, entre elas: solicitando o impedimento de barramentos de rejeitos a jusante ou a montante de povoados; solicitação de dados diversos sobre as barragens de todos os tipos em Minas Gerais; e, participação de representante do Fórum Mineiro no GAT de Brumadinho.

Com informações do CBH Rio das Velhas

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