Por Devair G. Oliveira
Somos apenas um repórter e para tal devemos reportar aquilo que nos é passado, mas há rumores que o número de mortes e infectados deve ser muito maior. Pela primeira vez tenho visto chineses ariscando a vida para transmitir vídeos mostrando outra realidade, ontem mesmo publicamos dois vídeos muito preocupantes.
Dados do governo chinês diz que o vírus matou pelo menos 1.868 pessoas na China continental e infectou cerca de 72.000 em todo o mundo, principalmente na China.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde global devido a um novo Coronavírus conhecido como COVID-19 – que matou pelo menos 1.868 pessoas na China continental, com casos confirmados na região Ásia-Pacífico, Europa, América do Norte, Oriente Médio e África.
Abaixo está uma linha do tempo.
Em 31 de dezembro do ano passado, a China alertou a OMS para vários casos de pneumonia incomum em Wuhan, uma cidade portuária de 11 milhões de pessoas na província central de Hubei. O vírus era desconhecido.
Vários dos infectados trabalharam no Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, que foi fechado em 1º de janeiro .
Enquanto especialistas em saúde trabalhavam para identificar o vírus em meio a alarmes crescentes, o número de infecções excedia 40 .
Em 5 de janeiro , as autoridades chinesas descartaram a possibilidade de que se tratasse de uma recorrência do vírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS) – uma doença que se originou na China e matou mais de 770 pessoas em todo o mundo em 2002-2003.
Em 7 de janeiro , as autoridades anunciaram que haviam identificado um novo vírus, segundo a OMS. O novo vírus foi nomeado 2019-nCoV e foi identificado como pertencente à família dos coronavírus, que inclui SARS e resfriado comum.
Os coronavírus são comuns e se espalham por estarem próximos de uma pessoa infectada e inalar gotículas geradas quando tossem ou espirram, ou tocam uma superfície onde essas gotículas aterrissam e depois tocam o rosto ou o nariz.
Em 11 de janeiro , a China anunciou sua primeira morte pelo vírus, um homem de 61 anos que havia comprado mercadorias no mercado de frutos do mar. O tratamento não melhorou seus sintomas depois que ele foi internado e morreu de insuficiência cardíaca na noite de 9 de janeiro .
Em 13 de janeiro , a OMS relatou um caso na Tailândia, o primeiro fora da China, em uma mulher que havia chegado de Wuhan.
Em 16 de janeiro , o Ministério da Saúde do Japão relatou um caso confirmado em um homem que também havia visitado Wuhan.
Em 17 de janeiro , quando uma segunda morte foi relatada em Wuhan, as autoridades de saúde dos EUA anunciaram que três aeroportos começariam a rastrear passageiros que chegavam da cidade.
As autoridades dos EUA, Nepal, França, Austrália, Malásia, Cingapura, Coréia do Sul, Vietnã e Taiwan confirmaram casos nos dias seguintes.
Em 20 de janeiro , a China registrou uma terceira morte e mais de 200 infecções, com casos também fora da província de Hubei, incluindo na capital Pequim, Xangai e Shenzhen.
Enquanto isso, um especialista chinês em doenças infecciosas confirmou a transmissão de humano para humano para a emissora estatal CCTV, aumentando os temores de um grande surto enquanto milhões viajavam para o feriado do Ano Novo Lunar.
Os países asiáticos ampliaram as medidas para bloquear a propagação do vírus, introduzindo exames obrigatórios nos aeroportos de todas as chegadas de áreas de alto risco da China.
Em 22 de janeiro , o número de mortos na China saltou para 17 com mais de 550 infecções. Muitos aeroportos europeus intensificaram as checagens nos vôos a partir de Wuhan.
Wuhan foi colocado em quarentena efetiva em 23 de janeiro, quando as partidas de transporte aéreo e ferroviário foram suspensas.
As mesmas medidas foram anunciadas para mais duas cidades na província de Hubei: Xiantao e Chibi.
Pequim cancelou os eventos para o Ano Novo Lunar, começando em 25 de janeiro, enquanto autoridades relataram a primeira morte fora de Hubei.
A OMS disse mais tarde, em 23 de janeiro, que o surto ainda não constituía uma emergência pública de preocupação internacional e “não havia evidências” do vírus se espalhar entre humanos fora da China.
Em 24 de janeiro , o número de mortos na China era de 26, com o governo registrando mais de 830 infecções.
O número de cidades sob bloqueio em Hubei aumentou para 13, afetando 41 milhões de pessoas.
A Disneyland de Xangai foi fechada e outras cidades anunciaram o fechamento de locais de entretenimento. Pequim disse que uma seção da Grande Muralha e outros marcos famosos também serão fechados.
Em 25 de janeiro , restrições de viagem foram impostas a outras cinco cidades de Hubei, elevando o número total de pessoas afetadas para 56 milhões.
Enquanto isso, Hong Kong declarou uma emergência de vírus, cancelou as celebrações do Ano Novo Lunar e restringiu os links à China continental.
Em 26 de janeiro , o número de mortos subiu para 56, com quase 2.000 casos confirmados com o aumento das restrições de viagem e Hong Kong fechou seus parques temáticos Disneyland e Ocean Park.
Novos casos foram confirmados nos EUA, Taiwan, Tailândia, Japão e Coréia do Sul.
Em 27 de janeiro , o número de mortos na China aumentou para 106, com 100 na província de Hubei, informaram as autoridades. Outras 4.515 pessoas na China foram relatadas como infectadas. Havia 2.714 casos confirmados na província de Hubei, contra 1.423 no dia anterior.
Em 30 de janeiro , a OMS declarou o coronavírus uma emergência global, pois o número de mortos na China saltou para 170, com 7.711 casos relatados no país, onde o vírus se espalhou para todas as 31 províncias.
A Índia e as Filipinas confirmaram seus primeiros casos do vírus, com um paciente infectado em cada país.
Em 31 de janeiro , o número de casos confirmados na China saltou para 9.809. Rússia, Espanha, Suécia e Reino Unido confirmaram seus primeiros casos do vírus.
Em 1º de fevereiro , o número de mortos na China subiu para 259, com 11.791 infecções confirmadas no país, segundo novos números divulgados pela autoridade de saúde chinesa.
Novos casos foram confirmados na Austrália, Canadá, Alemanha, Japão, Cingapura, EUA, Emirados Árabes Unidos e Vietnã.
Em 2 de fevereiro , a primeira morte fora da China, um chinês de Wuhan, foi relatado nas Filipinas.
O número de mortos na China subiu para 304, com 14.380 infecções relatadas.
Em 3 de fevereiro , a China registrou 57 novas mortes, elevando o número de mortos para pelo menos 361. O número de casos aumentou para 17.205 em todo o país.
Em 4 de fevereiro , a China disse que o número de mortos subiu para 425 pessoas e o número de pessoas infectadas era de 20.438 no continente. Hong Kong também relatou uma morte, elevando as mortes globais para 427. O primeiro caso foi confirmado na Bélgica em uma pessoa que foi repatriada de Wuhan.
Em 5 de fevereiro , mais vôos que evacuaram cidadãos americanos retornaram de Wuhan e a OMS reafirmou que “não havia tratamento eficaz conhecido” para o coronavírus.
Enquanto isso, a China registrou 490 mortes e 24.324 casos de infecção.
Em 6 de fevereiro , o número de mortos na China continental chegou a pelo menos 563, com mais de 28.000 casos confirmados.
Enquanto isso, as autoridades da Malásia relataram a primeira transmissão conhecida de homem para homem e o número de pessoas infectadas na Europa chegou a 30.
Em 7 de fevereiro , Li Wenliang, um médico que foi um dos primeiros a dar o alarme por causa do coronavírus, morreu e Hong Kong introduziu sentenças de prisão por qualquer pessoa que viole as regras de quarentena.
A China continental confirmou que o número de mortos atingiu pelo menos 636, com 31.161 casos de infecção e pesquisadores chineses sugeriram que o pangolim pode ter sido um elo na cadeia de infecções homem-animal.
Em 8 de fevereiro, um cidadão americano morreu em Wuhan.
Um japonês de 60 anos com suspeita de infecção por coronavírus também morreu no hospital de Wuhan, informou o Ministério das Relações Exteriores do Japão.
O número de mortos na China chegou a 722, com 34.546 infecções confirmadas.
Em 9 de fevereiro , o número de mortos na China superou o da epidemia de SARS de 2002-2003, com 811 mortes registradas e 37.198 infecções.
Uma equipe de investigação liderada por especialistas da OMS partiu para a China.
Em 10 de fevereiro , a China tinha 908 mortes confirmadas e um total de 40.171 infecções – 97 novas mortes foram relatadas após o dia mais mortal do surto.
O presidente Xi Jinping apareceu em público pela primeira vez desde o início da epidemia, visitando um hospital em Pequim e pedindo confiança na batalha contra o vírus.
Em 11 de fevereiro, a OMS anunciou que o novo coronavírus seria chamado de “COVID-19”.
Enquanto isso, as mortes na China atingiram 1.016, com 42.638 infecções registradas.
Em 12 de fevereiro , havia 175 pessoas infectadas a bordo do navio Diamond Princess, atracado em Yokohama, informou o Ministério da Saúde do Japão.
O número de mortos na China continental atingiu 1.113, com 44.653 infecções registradas.
Em 13 de fevereiro , a Coréia do Norte impôs uma quarentena de um mês a todos os visitantes estrangeiros e outros suspeitos de ter COVID-19, informou a Agência Central de Notícias da Coréia.
O número de mortos na China continental atingiu 1.300, com quase 60.000 infecções registradas. Enquanto isso, o Japão confirmou sua primeira morte pelo vírus.
Falando sobre o coronavírus – mas a que custo?
Em 14 de fevereiro , o Egito se tornou o primeiro país da África a relatar um caso e a França relatou a primeira fatalidade da Europa pelo vírus.
A China registrou mais 121 mortes, elevando o número total em todo o continente para quase 1.400.
Em 15 de fevereiro , o número de mortos na China continental aumentou mais de 1.500, com 66.492 infecções confirmadas na China continental.
Em outros lugares, os Estados Unidos se prepararam para evacuar seus cidadãos de um navio de cruzeiro em quarentena em uma doca japonesa.
Enquanto isso, um discurso de 3 de fevereiro do presidente chinês Xi Jinping, publicado pela mídia estatal, indicou que o governo sabia da ameaça do vírus muito antes do alarme público ser acionado.
Em 16 de fevereiro , Taiwan registrou sua primeira morte devido ao coronavírus, um motorista de táxi na casa dos 60 anos.
As autoridades informaram que 1.665 pessoas morreram na China continental, com 68.500 casos de infecção.
Em 17 de fevereiro , foram registradas 1.770 mortes na China continental e 70.548 casos.
O Japão confirmou 99 novos casos do vírus a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess.
Em 18 de fevereiro , os números diários de infecções da China caíram abaixo de 2.000 pela primeira vez desde janeiro, com a comissão de saúde do país registrando 72.436 infecções no continente e 1.868 mortes.
Enquanto isso, a Rússia disse que proibiria a entrada de cidadãos chineses a partir de 20 de fevereiro.
FONTE: AL JAZEERA E AGÊNCIA BRASIL