Dois grupos políticos de Lajinha se revezam no poder

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Prefeitura endividade quer R$ 51 milhões

Por Devair G. Oliveira
Há muitos anos dois grupos políticos conhecidos por SAPO E JACARÉ dominam a política de Lajinha Minas Gerais, não importa de qual partido seja, entrou no grupo seu partido não importa, apesar que o Sapo é dominado pelo MDB e o Jacaré pelo PSDB, os outros partidos não interessam, entrou em um grupo vai carregar o nome do bichinho, tanto é que o PT já virou Jacaré, voltou para o Sapo, se tentar remar sozinho, corre o risco de não fazer nenhum vereador. Temos nos dois grupos bons vereadores capazes de fazer uma boa gestão no executivo, mas faltam coragem para enfrentar uma terceira via e acabar com essa rotatividade do sapo e jacaré.

Apesar de ser uma das poucas cidades que há realmente bem definida as bancadas de situação e oposição, mas acabam os vereadores sofrendo do mesmo mal, uma ação na situação e outra na oposição, pois “é o sujo falando do mal lavado”, (lógico que há exceções),  pois a política em Lajinha é muito desigual, não importa quem esteja no poder, se for o Sapo, significa 4 anos de escassez para os eleitores do Jacaré, e se for ao contrário, 4 anos de escassez para os eleitores do Sapo, isso já foi denunciado por alguns vereadores que experimentaram as duas situações.

Em Lajinha os eleitores são bem ativos nas campanhas, os comícios são bem concorridos e na posse vem a cobrança dos que acompanharam os políticos em todas as situações, foi numa dessa que o prefeito do Jacaré ao tomar posse, dispensou todos os efetivos e contratou seus eleitores, os funcionários entraram na justiça e a prefeitura está pagando até hoje e segundo Paulo Cesar pagará por mais de 20 anos ainda. Por ironia do destino este prefeito que era do Jacaré, hoje é do Sapo.

Na hora de contratar funcionários a prioridade são dos cabos eleitorais, aí meu amigo vale tudo, até os serviços de saúde entra na jogada, e isso tem prejudicado bastante o município e infelizmente essa maneira de fazer política só vai terminar quando os vereadores se unirem e deixar de votar de olho fechado só porque o prefeito mandou. Vale ressaltar que Lajinha, ainda não foi à falência total por ter no município duas das maiores cooperativas de Minas Gerais, a CREDICAF e a COOCAFÉ, caso não existissem as duas cooperativas, o silencio de muitos empresários já teriam mudado a situação da política do município.

Mesmo endividada prefeitura de Lajinha quer empréstimo de R$ 51 milhões

Está em discussão esta semana o empréstimo polêmico de R$ 51 milhões pelo prefeito de Lajinha, dos 11 vereadores 4 foram contrários, 1 se absteve do voto e 6 aprovaram, a questão é a grande dívida da prefeitura, ao longo do tempo vários prefeitos foram fazendo dívidas e isso foi acumulando com dívidas de vários precatórios deixados pelos prefeitos tanto do Jacaré, quanto do Sapo, nesta oportunidade vamos ouvir o vereador Renatinho e um ex-vereador que foi ex-presidente da câmara e teve 8 mandatos, destes grupos que se revezam no poder há muitos anos.

Vereador Renato

Segundo o vereador Renato, quem votou contra foi só 4 vereadores de oposição do partido do PSDB, um vereador do MDB se absteve do voto e os demais votaram a favor, quanto as dívidas do município é o endividamento de longos anos, “assim eu não vou citar aqui os prefeitos, mas é uma dívida muito grande de precatórios, nós temos dívidas de precatórios para pagar aí para os próximos 20 anos, eu acredito, como também temos dívidas parceladas também com o INSS, então, basicamente, é isso aí, o motivo pelo qual nós fizemos nossa manifestação e votamos contra é justamente por a gente achar que o município não suportaria mais uma dívida, imagina você pegar aí R$ 50 milhões com 18 anos para pagar, com uma carência de 2 anos e que só pelo simples fato de dizer que esse recurso seria para obras de infraestrutura e saneamento básico, mas, porém, não foram discriminadas para nós quais obras pretendidas, para o prefeito se por acaso der certo essa operação de crédito, nós não sabemos quais obras iriam ser realizadas, então esse é o motivo de votarmos contra”. Pontuou Renato

5 vereadores votaram a favor do projeto: Júlio Correa (MDB), Neura (PT), Neiron (MDB), Júlio Bolinha (MDB), Beto Lamparina (MDB).

4 vereadores votaram contra: Camilo Miguel – (PSDB), Renatinho (PSDB), Flavinho (PSDB) Saulo (PSDB)  

Ex-vereador Paulo Cesar

Ex-vereador Paulo Cesar com 8 mandatos e atual 1º suplente. Segundo o ex-vereador e ex-presidente da câmara, o prefeito que mais deixou dívida de precatório em Lajinha foi o Ilmar, sabemos que o Natal deixou um pouco também, os precatórios do Sebastião Moreira, nem entrou ainda nessa listagem, esse montante de precatórios que está aí é do governo do Ilmar, do Natal, mas, os do Sebastião Moreira ainda vai entrar.

“Esta votação do projeto não quer dizer que o prefeito vá pegar 50 milhões emprestado, isso não quer dizer que o empréstimo está certo, um dos procedimentos para a prefeitura começar a negociar com a Caixa é levar um projeto aprovado pela câmara, pode ser que isso não saia para Lajinha, tudo é conversa fiada, não sabemos nada do valor, pode sair dois ou R$ 51 milhões, ou pode não sair nada, pois a Caixa sabe como anda a situação financeira de Lajinha. No governo do Lúcio, tentou fazer um empréstimo que foi aprovado pela câmara através do Banco BMG e o Banco não emprestou, no primeiro governo do João, tentaram também fazer o empréstimo e o banco não emprestou, no governo do João de novo tentaram novamente e o banco não emprestou, imagina se a Caixa vai emprestar”! Finaliza Paulo Cesar

 

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