Ações do PanAmericano entram em leilão

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As ações do Banco Panamericano, que anunciou na terça-feira (9) que irá receber um aporte de R$ 2,5 bilhões de seu principal controlador, o Grupo Silvio Santos, entraram em leilão na BM&FBovespa nesta quarta-feira (10), após as fortes quedas sofridas pelas ações.

Neste ano, até terça, as ações já haviam caído 34,80%. Só nos últimos 30 dias, as ações perderam 22,18% do valor.

Na terça, enquanto rumores de mercado davam conta de que o banco poderia sofrer intervenção do Banco Central, os papeis fecharam em queda de 6,75%. Com o forte recuo, da véspera as ações entraram em leilão nesta quarta, segundo a BM&FBovespa. Às 12h47, após o leilão, as ações apontavam queda de 28,21%.

Segundo a bolsa, o leilão foi determinado porque, durante o call de abertura, as ações registraram queda de 40,91%. “Por este fato foi prorrogada a abertura para as 12h00 e, devido às regras de prorrogação, o leilão foi encerrado às 12h13”, diz a bolsa em nota. Outro leilão das ações ainda pode ser determinado.

“É preciso ressaltar que todos os requisitos técnicos para proteção dos investidores foram adotados pela Bolsa”, afirma a BM&F em nota.

Na terça, o banco informou que receberia os R$ 2,5 bilhões – obtidos pelo controlador junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) – para “restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização, em virtude de terem sido constatadas inconsistências contábeis que não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade”.

Na prática, os recursos vão fechar o “buraco” encontrado nas contas do banco, que teve 35% de seu capital total vendido para a Caixa Econômica Federal (CEF) em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões.

Nesta quarta, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou um convite para que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, prestem esclarecimentos sobre a situação do banco. A CCJ quer saber se a Caixa já sabia dos problemas no momento da compra.

O banco informou ainda que convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para indicação de nomes para formar um novo Conselho de Administração e já indicou uma nova diretoria-executiva.

As informações são de Rede Globo

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