A presidenta Dilma defendeu hoje (6), em Belo Horizonte, os ajustes fiscais anunciados pelo governo recentemente. “Nós estamos diante da necessidade de promover o reequilibro fiscal para promover o crescimento da economia o mais rápido possível. Nos não fazemos reequilíbrio por fazer. Só fazemos para garantir emprego e renda”, disse.
Dilma discursou durante evento comemorativo dos 35 anos do PT. Ela atribuiu a necessidade desses ajustes a dois “choques”. Um deles, segundo ela, tem relação com a crise internacional que deixou o Japão e a Europa estagnados. O outro, a seca, com consequência na agricultura e na produção de energia elétrica.
O evento e a participação da presidenta se dá em meio à troca de presidência da Petrobras, em virtude das denúncias de corrupção envolvendo funcionários da estatal. Na última terça-feira (3), os rumores sobre a saída de Graça Foster da presidência da estatal ganharam força. No dia seguinte, a notícia foi oficializada. No início da tarde desta sexta-feira, a empresa anunciou o nome de Aldemir Bendine para o lugar de Graça.
As investigações da Justiça continuam e novos fatos vão surgindo. Ontem, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse, em depoimento de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF), que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu propina em nome do partido em 90 contratos da Petrobras.
Em nota oficial, o partido reiterou que recebe apenas doações legais, que são declaradas à Justiça Eleitoral, e prometeu processar seus acusadores “pelas mentiras proferidas contra o PT”. Durante sua fala na festa do partido, Dilma enfatizou que seu governo combate a corrupção e apura as irregularidades. “O meu compromisso é chegar no final deste mandato e dizer que nunca antes na história do nosso país governos combateram tanto a corrupção e a impunidade”. Agência Brasil