Investimentos superiores a R$ 238 milhões irão garantir mais energia

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Geraldo Otacílio Cordeiro, Dorothea Werneck e José Frederico Álvares

Novos investimentos, superiores a R$ 238 milhões, acabam de ser anunciados e serão responsáveis pela geração de mais 53 megawatts (MW) de energia em Minas Gerais. O Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), assinou, nesta quinta-feira (21), dois protocolos de intenções para implantar duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), no Triângulo Mineiro, e uma termoelétrica alimentada pelo bagaço de cana de açúcar, na região Central do Estado.

O primeiro protocolo foi assinado pela secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, pelo presidente do Indi, José Frederico Álvares, e pelo diretor-presidente da Wanerg Energética Ltda, Saulo Wanderley. A empresa irá construir no rio Uberabinha, em Uberlândia, as PCHs Cachoeira do Miné e Dias. Com investimentos de R$ 135 milhões, as usinas, que deverão ser concluídas até 2015, serão responsáveis pela geração de 23,3 MW e pela criação de 40 empregos diretos e indiretos.

A Wanerg é uma holding não operacional, do Grupo Cowan, destinada à construção de PCHs no Triângulo Mineiro e detém a autorização para instalação de empreendimentos no rio Uberabinha. A empresa já opera a PCH Malagone, com potência de 19 MW. Toda a energia gerada está sendo lançada no Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio da rede de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Termoelétrica

O segundo protocolo de intenções foi assinado com o diretor-presidente da Agropéu – Agro Industrial de Pompéu S/A, Geraldo Otacílio Cordeiro. A partir de investimentos de R$ 103,4 milhões e a geração de 325 empregos diretos e indiretos, a Agropéu irá instalar, em Pompéu, uma termoelétrica (UTE) alimentada por resíduos de biomassa, além de ampliar a capacidade de produção de cana de açúcar.

Autossuficiente em energia, a Agropéu pretende ampliar a lavoura de cana, de um milhão de toneladas na safra 2011/2012 para 1,5 milhão de toneladas até 2014. A partir deste ano, a empresa passará também a produzir, além dos 500 mil litros de álcool por dia, cerca de 500 toneladas de açúcar/dia.

Geraldo Otacílio Cordeiro explicou que a geração de energia elétrica nas usinas se dá a partir da biomassa, utilizando-se como matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar. “Durante muito tempo, o bagaço era considerado um peso para as usinas. Quando muito era queimado nas caldeiras. Hoje a maioria das usinas sucroalcooleiras são autossuficientes na produção de energia elétrica, graças ao uso do bagaço”, enfatizou para acrescentar “precisamos crescer para competir e para isto precisamos do apoio do Estado”.

A Agropéu S.A foi fundada em 1981, por um grupo de empresários ligados ao agronegócio. O projeto foi enquadrado na segunda fase do Proálcool e se constituía basicamente em uma destilaria com capacidade inicial de 120 mil litros por dia de álcool e pelas lavouras de cana de açúcar necessárias ao suprimento do projeto.

 

Agência Minas

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