Sarkozy defende código de conduta sobre fluxos de capital

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Responsável pelo comando do G20 (que reúne os países mais ricos do mundo) em 2011, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, defendeu hoje (24) a aprovação de uma espécie de código de conduta sobre os fluxos de capital. Porém, ele não detalhou como funcionará essa proposta.

Sarkozy afirmou ainda que não há possibilidade de adotar um sistema de taxas fixas de câmbio. Também apelou para que os líderes mundiais assumam a reforma do sistema financeiro internacional como prioridade.

O presidente convocou para hoje uma entrevista coletiva que contou com mais de 300 jornalistas franceses e estrangeiros. As informações são da emissora pública francesa – a Rádio França Internacional (RFI).Sarkozy disse também que é favorável a um imposto sobre transações financeiras, mas não detalhou como funcionará a proposta. De acordo com ele, a França não é favorável ao controle de capital. Ele acrescentou que o “dólar teve um papel importante como moeda forte” e que a França não pretende alterar isso.

O presidente criticou a  “instabilidade do sistema monetário internacional”. Segundo ele, o esforço na presidência do G20 será a adoção de propostas concretas para executar a reforma no sistema financeiro internacional. De acordo com o presidente, é preciso adotar uma fórmula de “proteção social universal”.

Ao se referir à pressão internacional a respeito da China, que mantém sua moeda desvalorizada afetando o comércio internacional, Sarkozy afirmou que vai conversar com o presidente chinês, Hu Jintao, no final de março. Segundo ele, será feito um esforço para alcançar um acordo.

Sarkozy acumulará a presidência do G20 com a do G8 – que reúne os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, o Canadá e mais a Rússia. O calendário de atividades dos dois grupos será intenso ao longo do ano.

No caso do G20, que também é formado pelo Brasil, há reuniões de ministros da Fazenda e dos bancos centrais nos próximos dias 18 e 19 de fevereiro. No ano passado, os líderes mundiais se comprometeram a analisar o impacto da crise financeira mundial em suas economias. A expectativa é que apresentem as conclusões.

Agencia Brasil

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