A escassez de chuva é um alerta

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Se o homem tivesse tomado os cuidados necessários não estaríamos em uma situação de falta do bem mais precioso que é a água, é urgente a necessidade de preservarmos as nascentes, os rios e conscientizarmos que não devemos desperdiçar a água. A escassez de chuva comprometeu o abastecimento de água em várias cidades brasileiras. Em Manhuaçu a barragem de captação no Manhuaçuzinho está com o seu volume muito baixo comprometendo o abastecimento o período sem chuvas que afeta a região agrava a situação dos reservatórios e tem colocado a cidade de Manhuaçu em situação de alerta caso não chova nos próximos 50 dias a situação se agravará ainda mais, é necessário a compreensão de todos, o SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto – solicita a população que economize água durante esta época de estiagem. Devido ao calor em excesso as pessoas consumem uma quantidade maior de água do que o de costume e com a escassez de chuva o abastecimento dos reservatórios é afetado.

De acordo com o diretor do SAAE, José Alves de Aguiar, o consumo está ultrapassando a capacidade máxima de produção, por isso o uso precisa ser moderado. “Pedimos para que utilizem água de forma consciente, evitem lavar calçadas ou encher piscinas para evitar o desperdício da água tratada após seu uso” – esclarece.

Segundo o diretor do SAAE os reservatórios trabalham com menos de um terço da capacidade, nesta época do ano. “Temos um reservatório que comporta meio milhão de litros e está com 150 mil. Por isso, pedimos à população um consumo mais moderado em relação a um bem tão importante” – disse.

As escassas chuvas ao longo do ano trouxeram à tona a discussão a respeito da água no Brasil. Em algumas regiões do país o abastecimento já está comprometido, em São Paulo algumas cidades estão usando carros pipas para ajudar no abastecimento. Outra preocupação das autoridades são os reservatórios das usinas hidrelétricas que também estão baixos, o que fez renascer o medo de um apagão. Tudo isso associado ao desperdício e à poluição dos rios brasileiros, decorrente, sobre tudo, da falta de tratamento de esgoto, tem se refletido em um cenário preocupante e nada agradável.

O Rio Manhuaçu está muito baixo e com isso os peixes estão sofrendo com a falta de oxigênio a escassez de chuva faz baixar o nível do rio, mas a poluição que diariamente são despejados no rio, essa não diminui, o que causa a morte de muitos peixes.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 2050 mais de 45% da população mundial não terá acesso à água potável. Para reverter esse cenário, é preciso muito trabalho, que vai desde a conscientização acerca do desperdício, até à necessidade de grandes obras estruturais para minimizar o impacto do desenvolvimento no meio ambiente e, desse modo, possibilitar a recuperação das bacias hidrográficas brasileiras como um todo.

A boa notícia é que o Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), assim como todos os Comitês das suas sub-bacias, deliberou e definiu critérios para a cobrança pelo uso da água. Isso significa que as atividades econômicas que utilizam a água em sua cadeia produtiva, em uma vazão superior a um litro por segundo em Minas Gerais e 1,5 litro por segundo no Espírito Santo, considerado uso significante, devem pagar pela utilização do recurso. Todo o valor arrecadado deve, obrigatoriamente, ser investido na própria bacia, visando à melhoria da qualidade e da quantidade de água. Na porção mineira da Bacia do Doce, a cobrança já está implantada e, no Espírito Santo, os comitês já começam a discutir os critérios para a implementação.

A aplicação desses recursos arrecadados também é decidida no âmbito dos Comitês, que possuem como norteador o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH Doce). Nesse documento, há um diagnóstico ambiental da região, que abrange uma extensão territorial de 83.430 Km2, com 86% do sua área de drenagem em Minas Gerais e 14% no Espírito Santo, e tem um alcance de 230 municípios, sendo 202 mineiros e 28 capixabas. E há ainda os planos e projetos de recuperação da Bacia

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