A força de vontade vence obstáculos

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Veja o depoimento de um aluno “Nunca fui um aluno acima da média, pelo contrário: ficava sempre em recuperação até no meu 2º ano do Ensino Médio e participava da famosa “turma do fundão”. Ao chegar o 3º ano, tive que fazer a minha decisão. Eu queria MESMO medicina, mas eu tinha a “certeza” que não passaria. Portanto, deveria optar por outro curso, relativamente, “mais fácil””.

Então, perguntei ao meu pai a opinião dele em relação a isso, prontamente, ele me respondeu: “Filho, você deve fazer o que lhe realize, o que te faça bem, mas seja o melhor profissional, se você for ser um engenheiro: seja o melhor engenheiro, se você for ser um gari: seja o melhor, mas se você realmente decidir ser um médico: seja o MELHOR, e honre a sua profissão”. relata Gustavo Gonçalves.

Na realidade Gustavo sempre achou a profissão de médico a mais bela e era esse o seu sonho, mas ele sabia que seu conhecimento, suas notas, não dariam para encarar um curso que exige muita dedicação. Depois de ouvir seu pai, ele decide brigar pelo seu sonho, pensou “vai ser difícil? Não vai ser muito difícil, mas não impossível” e ele prometera que apesar das circunstancias, jamais desistiria de ingressar em uma faculdade de medicina. Saiu de Porto Seguro, de um ensino relativamente fraco e foi para Salvador, sem base entrou em cursinho e teve que reaprender vários conceitos básicos.

No seu primeiro ano de cursinho tentou diversos vestibulares em seis faculdades e não chegou nem perto de uma aprovação, mas ao invés de desistir a derrota serviu para mais dedicação e partiu para mais um ano de cursinho, resultado mais um ano de frustração, mas, a cada resultado negativo ele ganhava mais força para tentar novamente, e segundo Gustavo a cada derrota ele sentia que estava mais próximo, lembrou das palavras de seu professor que dizia: “vestibular é como uma fila qualquer, cada vez mais você chega perto do destino, porém, como qualquer fila, você tem que estar atento, caso contrário alguém passa na sua frente”! E foi para seu terceiro ano de cursinho e deu tudo de si. Apenas restou o SISU. Porém, não tinha pontuação necessária para algum curso de medicina – e no auge do desespero – colocou para Biomedicina na UEZO, no Rio de Janeiro, já acertando tudo os últimos detalhes para sua transferência ida para o Rio: moradia, matrícula. Enfim, quase tudo certo. Mas, no último minuto, ele lembra sua promessa feita no começo que jamais iria desistir. Pensou, afinal, porque fazer um curso que eu não quero?! Porque desistir de meu sonho? Porque largar e desprezar todo o esforço até aquele momento e toma a decisão de lutar e persistir no sonho, contra a vontade e opinião de várias pessoas, inclusive parte de sua família, e aí mais um ano de cursinho… mais um ano perdido? Eram as indagações. A resposta para todas as perguntas era única e definitiva: “eu quero ser médico e vou ser!”

Com as baterias carregadas de estímulos e certo da decisão ele foi para seu 4º ano de cursinho e de pré-vestibular, segundo conta Gustavo o seu esforço foi descomunal abdicou de tudo que pudesse interferir, foram noites e noites perdidas, foram festas ignoradas, lágrimas derramadas (tudo isso como resposta de seu corpo que não aguentava mais). Apostando as últimas fichas resolveu tentar todos os vestibulares possíveis em vários estados, aspirando aprovação em um deles. Cerca de dez vestibulares, em vários estados! Após uma maratona de vestibulares, os resultados começaram a sair. Porém, nada para ele ainda.

“Já em meados de fevereiro, quase todos os resultados haviam sido divulgados (e sem sucesso em nenhum). As minhas esperanças já se tornavam quase nulas. Afinal, faltava apenas o resultado da UFBA. ”Passar na UFBA?!” “Isso é apenas utopia para mim!” Mesmo com certo pessimismo, atualizava a página da UFBA por segundo (quase quebrando o F5), à espera do resultado. Mas, no dia 28 de Fevereiro, aos meus 22 anos, recebi a melhor ligação que poderia receber. Minha namorada me liga com a voz meio trêmula, e diz: “Amor, parabéns”. Eu, sem entender e confuso, pergunto: “Parabéns pelo o quê?” Ela, prontamente, responde: “Amor, parabéns, VOCÊ PASSOU EM MEDICINA NA UFBA”.

Para ser sincero, eu não sei se foi, eu ou ela quem desligou o telefone após isso, mas eu não estava raciocinando, estava catatônico, eu não sabia o que estava acontecendo direito. Eu simplesmente gritava e chorava como nunca na vida!

Sem dúvida alguma, essa foi a melhor notícia em todos os meus 22 anos de existência! Passei em Medicina na Universidade Federal da Bahia! Na primeira Faculdade de Medicina do Brasil! Isso não foi apenas a realização de um sonho, não foi só a amostra de que todo meu esforço valeu a pena, isso foi a comprovação de que NADA É IMPOSSÍVEL : Aquele aluno mediano (ou abaixo da média), vindo de Porto Seguro, que já estava em seu 4º ano de cursinho, apostando todas as suas fichas . ………………….agora , finalmente, será aluno de Medicina da UFBA!

Então, futuros médicos, esse é um resumo da minha trajetória! O meu único conselho é: NÃO DESISTAM! Não se deixem abalar pela primeira derrota, nem pela segunda, nem pela terceira, nem quarta. Quando conseguirem, o valor dessa vitória será muito maior! No final, todo o esforço valerá a pena, e todo o sofrimento passado será apenas um grão de areia comparado a felicidade inexorável ao ver o seu nome na lista de aprovados! ACREDITEM!” Gustavo Gonçalves

Fale com a redação [email protected] – (33)3331-8409

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