Eleições 2016 a oportunidade de mudanças é agora

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As Eleições 2016, devido os acontecimentos no país, abre um leque que poderão sinalizar com verdadeiras mudanças. Os brasileiros a cada dois anos têm a oportunidade de dar um cartão vermelho para

os políticos, que as vezes a justiça ainda não pegou. Desta vez os eleitores irão escolher aqueles que governarão os municípios pelos próximos quatro anos. Essas eleições ocorrerão num momento em que a atividade política sofre seu pior desgaste, pois aos amplamente conhecidos atos de corrupção que envolvem as diferentes esferas do poder, deve-se acrescentar a falta de ética e de transparência no exercício da atividade política.

Espalhou pelo país um mal-estar social em relação à política, há uma opinião generalizada de que é prática corrente entre os parlamentares – do vereador aos deputados e senadores – pressionar ou negociar

seus votos em troca de vantagens pessoais e de que as licitações para obras e serviços públicos são fontes potenciais e reais de corrupção. O número de denúncias, processos e condenações de políticos em todo país é enorme. Há inúmeros prefeitos e vereadores que tiveram seus mandatos cassados.

Vivemos em um cenário que leva os cidadãos a pensar que a política deixou de ser uma representação legítima da população e se transformou em posição de poder e oportunidade de enriquecimento pessoal.

Cabe aos eleitores barrar esse ritmo, tirar os corruptos e colocar gente comprometida com a verdade e o bem-estar da população. O momento é importante, o principal desafio a ser enfrentado, sem dúvida, é melhorar o nível de participação nessas eleições. Infelizmente ainda o povo não se conscientizou que o mais importante é participar, o desinteresse na política continua elevado e muitos se conformam em manifestar sua indignação nas redes sociais, descarregando seu inconformismo contra os agentes políticos de diversas formas passando do humor, da ironia e da crítica construtiva ao insulto; agressões verbais e a propagação de boatos sem fundo de verdade. Esses diversos modos de manifestação não contribuem para mudanças efetivas, pois em geral não é acompanhada de um processo de reflexão e discussão que desemboque numa mobilização social permanente que concretize uma cidadania ativa e participativa.

Sem dúvida, as redes sociais são um meio público de relevância crescente como uma das formas de expressão política. No entanto, não é suficiente. Há necessidade de participação no mundo real, o debate de posições face a face, nas ruas, nas praças, nos mercados e em todos os espaços físicos públicos. Só assim a indignação social obterá resultados concretos e os grupos políticos dominantes em cada municipalidade poderão ser derrotados nas urnas. Passar da crítica nas redes sociais à formação de movimento social e político que aglutine a indignação da população em cada localidade é o caminho a percorrer para que sejam afastados os aproveitadores do município.

Esta eleição traz uma singularidade que poderá favorecer a participação. O processo eleitoral será marcado por candidaturas que terão menos acesso aos recursos privados, que estão visados pela justiça e com vários empresários presos ou processados, pela primeira vez na história do país. Neste caso, poderá haver um nivelamento das candidaturas, pois os investimentos não deverão ser substancialmente diferentes de candidato para candidato. A perspectiva que se apresenta é que as eleições municipais ocorram sem campanhas milionárias, de candidatos forjados em campanhas de marketing, o que poderá favorecer a discussão dos problemas e as soluções a eles mais adequadas em cada localidade.

A justiça que brota de Curitiba através da Lava Jato mostra o desgaste de grupos políticos fortes do país e deverá fortalecer o foco em temas nos municípios e a disputa poderá girar em torno da discussão das propostas de ideias sobre os problemas específicos de cada lugar.

A não observância por parte dos eleitores da grande oportunidade de mudar, porém correm grande risco ao escolherem não participar. Ao escolherem um candidato e se engajarem para elegê-lo poderão acertar ou errar. Mas ao não participar do processo eleitoral estarão cometendo um erro que não só os afetarão, mas se estenderá às próximas gerações que padecerão devido à omissão quando a oportunidade se apresenta promissora.

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