A grande incógnita da república

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Os três poderes partidos da república, será que a turma da Lava Jato encontrará eco nos demais poderes? Porque apesar da Lava Jato ser do Judiciário o STF tem demonstrado uma aparente distancia, talvez agora com a nova presidente Carmem Lúcia tende se identificar mais um pouco com a Lava Jato que representa no momento para os brasileiros a parte boa do judiciário brasileiro.

O Renan Calheiros é velho conhecido dos brasileiros e sua trajetória de vida pública nada colabora para confiança dos brasileiros, com tantos processos no STF, o que esperar? Os brasileiros esperam bom senso e responsabilidade dos ministros da suprema corte? Hoje neste momento estão reunidos os presidentes dos três poderes para por certo encontrar uma solução. O pior de tudo isso é que todo o povo sabe que os três poderes estão com problemas, o STF não toma providencias, a parte boa do judiciário é a Lava Jato, (1ª instancia).

Nosso país está bem complicado, volto a dizer limpeza verdadeira de todos os corruptos só uma intervenção cívica militar, não podemos conviver com a Lava Jato apurando e outras instancias atrapalhando. Na verdade, o que querem o Executivo, o Supremo e o Legislativo é colocar uma pedra em cima, aceitam até fazerem leis bem dura, mas anistiando os criminosos atuais. O povo deseja saber o que foi descoberto

pela PF na prisão dos policiais do Senado. Será que eles querem parar só no Cunha, e os outros senadores, deputados e demais autoridades que estão atolados até o pescoço com desvio de condutas.

Depois que chutou o balde, chamando um magistrado de “juizeco” e um ministro de “chefete de polícia”, apenas porque ficou nervoso com a repressão da Polícia Federal contra a “Polícia” do Senado, o “poderoso” Renan se transformou no elo mais fraco de uma “corrente” em crise estrutural. Além de desmoralizar ainda mais o Legislativo, o destempero (ou desespero) de Renan conseguiu fortalecer, ainda mais, a fortíssima Força Tarefa da Lava jato.

Agora estou em dúvida, se o tiro de Renan saiu pela culatra, teve a resposta firme de Carmen Lúcia presidente do STF, mas o presidente Temer e o presidente da Câmara Rodrigo Maia, saíram em defesa de Renan, penso que eles estão apostando na imobilidade do povo brasileiro e já não duvido nada se eles aprovarem uma lei de anistia geral para todos os crimes de desvio de verbas nas eleições (caixa dois). Renan, deve estar desesperado porque sabe que ele é a bola da vez, a única chance que Renan tem de não ser preso é que ele tenha uma inimaginável artilharia para desmoralizar o STF. Caso contrário, seu caminho será o mesmo o de Curitiba. O “Fora, Renan” tem tudo para ganhar intensidade. Não será fácil promover o tal “freio de arrumação” agora pregado pelo Renan que abusou da arrogância.

A Presidente do STF deu o tom exato para interpretar a fala de Renan: “Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós, juízes é agredido. E não há menor necessidade de em uma convivência democrática livre e harmônica haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade.

O Poder Judiciário forte é uma garantia para cidadão. O Brasil é pródigo em leis que garantem que qualquer pessoa possa questionar pelos meios recursais próprios os atos. O que não é admissível é que fora dos autos qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado porque, como eu disse, onde um juiz é destratado, eu também sou, qualquer um de nós, juiz, é”.

O Judiciário vem pra cima, desafiando o absurdo e vergonhoso foro privilegiado – que é a declaração de falência do princípio da igualdade e da Justiça. Por isso, senadores e deputados enrolados com corrupção estão apavorados. No estilo cangaço, Renan voltou a ser o porta-voz do cangaço, atirando em Carmem Lúcia: “Assim como a ministra cobra respeito ao Judiciário, eu peço respeito ao Legislativo. O Senado tem sido vítima, reiteradamente, de abuso de juízes de primeira instância, que não têm competência para atuar nessa instância”.

O que se deu para perceber do desespero do Presidente do Congresso Nacional é que ele não está falando sozinho. Renan se comporta como o porta-voz de uma classe política que tem seus motivos para temer o rigor da Lei. Causa estranheza em alguns e nojo em outros o silêncio dos tucanos e afins. Cadê as críticas dos homens de bem deste país? Quem cala consente, e não fazem defesas estridentes da Lava Jato. Por que será? Isso vale para os políticos, mas também para os intelectuais e empresários de bem deste país.

A sociedade brasileira está de saco cheio da impunidade. Ninguém suporta mais a farra do foro privilegiado para políticos e altos funcionários públicos. A esperança é que a Lava Jato ajude a passar o Brasil a limpo. Só uma mudança na estrutura da máquina estatal terá condições reais e objetivas de combater e neutralizar a ação do crime institucionalizado. Sem uma Intervenção Cívica Constitucional, tudo continuará como sempre esteve.

Só vejo uma saída para Michel Temer, se posicionar a favor da Lava jato, se ficar ao lado dos políticos corruptos, terá o mesmo destino da Dilma… Temer precisa deixar claro que não compactua com a bandidagem institucionalizada.

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