Simpósio do Café de Manhuaçu

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Todos os anos funciona o simpósio cafeicultura de Manhuaçu, dizem da consolidação do evento como um dos principais eventos do ramo da cafeicultura de Minas Gerais. Este ano foi o 20º Simpósio de Cafeicultura das Matas de Minas, que começou dia 15 de março e terminou sexta-feira, 18 de março, no Parque de Exposições da Ponte da Aldeia em Manhuaçu.

Durante abertura, o prefeito Nailton Henringer disse que o evento é importante não só para a cidade, mas para toda região. “Esse evento trouxe para nós, desde o início, um despertar da cafeicultura. Estávamos aqui produzindo café entre as montanhas sem ter uma interface com a tecnologia, com o governo e o mercado, e, também, sem conhecer talvez nosso próprio tamanho. Hoje já descobrimos isso, inclusive saímos da produção de café, chamado café ruim para café de excelentíssima qualidade. Temos hoje na região vários produtores vendendo para cafeterias diretamente para o exterior, o que representa um conhecimento de novos mercados e novas tecnologias, que vem sustentar a cafeicultura. Com isso traz esperança para que essa cafeicultura seja permanente e que não seja esvaziada por crises”, afirmou o prefeito.

Já o deputado federal Subtenente Gonzaga, mandou através de seus representantes uma nota que diz: “que o evento realizado há 20 anos em Manhuaçu é uma conquista para a região e que é preciso valorizar a produção do café cada dia mais”. Também disseram que o deputado apresentou uma emenda orçamentária no valor de R$ 1.560.000,00 para a prefeitura de Manhuaçu, que está trabalhando conjuntamente dentro de uma política de valorização da agricultura familiar com intuito de viabilizar a construção de um armazém para melhorar a qualidade do café, com equipamentos de beneficiamento. Se você ouvir grandes produtores os organizadores, todos serão unanimes em afirmar que o simpósio foi e é muito importante. “Quando começamos era um evento pequeno e hoje transformou em Simpósio e feira de negócios. Tenho convicção que o Simpósio foi importante para a mudança do conceito do café em nossa região. Posso afirmar que foi um divisor de águas na vida do produtor rural de Manhuaçu e da região, porque atingimos cerca de 100 municípios produtores de café. É gratificante saber que estamos comemorando 20 anos, crescendo e evoluindo”, ressaltou.

Veja que, Minas Gerais é líder na produção de café no Brasil, responsável por 51,40% da safra nacional e as Matas de Minas ocupam o segundo lugar da produção com participação em 30,7% do café Mineiro. O simpósio é um negócio e como tal, alguns são beneficiados, mas na realidade os cafeicultores da região principalmente a maioria que são pequenos produtores enfrentam dificuldades para pagar suas contas. Quem ganha muito dinheiro com o café são os especuladores, vá em um sindicado da região e procure saber a realidade dos pequenos produtores. Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Manhuaçu (ACIAM), não divulga o lucro que tem com o simpósio, o aluguel pago por cada representante da feira de negócio não é barato e todo ano ela começa bem cedo a venda dos stands e usa sua influência para que a prefeitura arque com as despesas. 20 anos de simpósio e nada de concreto foi realizado, qualquer um dos organizadores sabe que o principal instrumento em benefício dos cafeicultores é uma cooperativa, bem, e cadê a cooperativa dos cafeicultores de Manhuaçu? Tem muita gente que nem quer ouvir falar em tal organização. Em 1994, uma saca de café tinha o mesmo valor do salário mínimo, mas hoje é comercializada por pouco mais que a metade do salário mínimo, porém os custos são altos. Os agricultores familiares enfrentam dificuldades.

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