Dia Nacional da Humanização é lembrado em videoconferência

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Para marcar o Dia Nacional da Humanização, comemorado ontem (29), a equipe de Humanização da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) MG, promoveu uma videoconferência, com a presença da diretora da maternidade do Hospital da Rede Fhemig Odete Valadares, Fátima Guedes, que mediou o debate acerca da “Clínica Ampliada e Gestão Compartilhada”. Todas as Gerências Regionais de Saúde do Estado de Minas foram convidadas a participar.

Instituída pelo Ministério da Saúde em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH), foi formulada a partir da sistematização de experiências do chamado “SUS que dá certo”. A PNH tem o objetivo de efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e de gestão, assim como estimular trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários para a produção de saúde e a produção de sujeitos. No Estado de Minas Gerais, a PNH é uma política pública que visa garantir atendimento com qualidade aos usuários, melhoria das condições de trabalho dos profissionais, por meio da mobilização e participação efetiva de trabalhadores, usuários e gestores dos serviços.

A videoconferência foi iniciada com um balanço do ano de 2010, mostrando a evolução das ações da PNH em Minas por meio do Grupo Interinstitucional de Política de Humanização (GIPH). Segundo a equipe de Humanização da SES-MG, o modelo de gestão que está sendo proposto é centrado no trabalho em grupo, na construção coletiva e em colegiados que garantem que o poder seja compartilhado, por meio de análises, decisões e avaliações construídas coletivamente.

Mônica Duarte, membro do comitê da Assessoria de Humanização da SES-MG, explicitou o conceito de clínica ampliada, que foi foco no debate de hoje. “O conceito de clínica ampliada deve ser entendido como uma das diretrizes propostas pelos princípios do SUS. A universalidade do acesso, a integralidade da rede de cuidado e a equidade das ofertas em saúde obrigam a modificação dos modelos de atenção e de gestão dos processos de trabalho em saúde. A modificação das práticas de cuidado se faz no sentido da ampliação da clínica”.

A palestrante convidada, Fátima Guedes, falou sobre os desafios de praticar a humanização e mencionou sua experiência como diretora de uma maternidade. “A humanização deve ser praticada no dia a dia. O desafio é grande, mas é possível. É preciso ouvir as pessoas, fazer com que elas se sintam pertencentes ao processo. Queremos profissionais estimulados, por isso é importante ouvirmos todos os lados”, enfatizou.

Ao final do evento, foi aberta a discussão para as seguintes GRSs participantes: Alfenas, Barbacena, Diamantina, Divinópolis, Governador Valadares, Itabira, Ituiutaba, Juiz de Fora, Leopoldina, Montes Claros, Patos de Minas, Pedra Azul, Pirapora, Ponte Nova, Pouso Alegre, Sete Lagoas, São João Del Rei, Teófilo Otoni, Uberlândia, Ubá e Unaí. Além disso, foi dada a oportunidade para que elas pudessem mostrar suas ações de Humanização.

Dentre as experiências que dão certo, podemos citar a relatada pela GRS de Itajubá, sobre o Hospital Escola de Itajubá. Camilo Silva apresentou ações de Humanização do hospital como Serviço de assistência social com o acompanhamento dos pacientes/familiares; Serviço de psicologia ao paciente, à família e ao colaborador; Central de atendimento; UTI humanizada; Criação de folder explicativo; Pesquisa de satisfação do usuário; Leitura nas clínicas e brinquedoteca na pediatria. Camilo ainda completou: “O nosso estado abraçou a Política Nacional de Humanização. Sabemos que a luta é grande, temos que nos colocar sempre junto aos usuários do SUS”.

Agência Minas

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