Festival de inverno de Ouro Preto e Mariana

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Milton Nascimento

DO CINEMA À PEDRA SABÃO, OFICINAS DO FESTIVAL DE INVENRNO OFERECEM MAIS DE 2 MIL VAGAS

A edição 2010 do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana prevê a realização de mais de 60 oficinas. São disponibilizadas mais de 2 mil vagas, oferecidas ao público em geral, incluindo moradores da região, estudantes e turistas. Algumas das oficinas são realizadas em locais abertos. Por isso, a tendência é de que a participação atinja 3 mil pessoas. Do cinema à pintura em pedra sabão, o evento oferece um rico leque para os interessados em se divertir, aprender e compartilhar experiências. Os inscritos também irão encontrar, entre outras oficinas, fotografia digital, confecção e interpretação com bonecos, reciclagem, musicoterapia, brincadeiras dançadas, artes com tecidos e estudos sobre a obra do Mestre Ataíde.

As inscrições estarão abertas nesta sexta-feira, 11 de junho, e poderão ser feitas através do próprio site do festival: www.festivaldeinverno.ufop.br. Se o interessado preferir, poderá se cadastrar pessoalmente em Ouro Preto, na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), situada na Praça Tiradentes, nº4, Centro; e em Mariana, no Centro de Apoio ao Turista (CAT) localizado na Rua Direita, 93, Centro. As inscrições serão feitas de segunda a sexta-feira em horário comercial. No ano passado, 88 oficinas atraíram mais de 2.800 pessoas. Assim como os demais eventos da programação, as oficinas estarão distribuídas nas cidades de Ouro Preto e Mariana, contemplando não apenas as regiões centrais dessas cidades, mas, também, distritos e áreas periféricas, buscando ampliar a integração com suas respectivas comunidades.

Neste ano, o Festival dedica atenção especial ao público infanto-juvenil, pois a ideia é a formação de jovens produtores e replicadores da arte e da cultura. Todos os temas dedicados a essa nova geração irão gerar mostras finais, com o objetivo de apresentarem o trabalho aprendido no período. Entre as oficinas voltadas para esse público, destaques para Circo Circuito, Ritmos da Terra, Destrava a Língua e Janela, Janelinha, Janelão. No Circo Circuito, dirigido pelo Grupo Trampulim, os alunos aprenderão técnicas específicas do circo como malabarismo, acrobacia, equilibrismo e brincadeiras dos palhaços. A oficina Ritmos da Terra aborda a linguagem dos tambores, acompanhados por coreografia rítmica. O diretor, arranjador, compositor e cantor, Mamour Ba, formado pela Universidade de Arte de Dakar e mestre em música pela Université de Versailles, na França, é a atração desta oficina. O Destrava a Língua traz exercícios e dinâmicas que buscam aproximar o pequeno leitor do livro. Contos de fadas, travas-línguas e cantigas, cantados em voz alta, incentivam o aprendizado, a partir das técnicas do Instituto Cultural Aletria, escola de formação e aperfeiçoamento de contadores de histórias. Já a oficina Janela, Janelinha, Janelão convida à iniciação artística por meio da colagem de tecidos de forma interativa e lúdica, a partir da observação das janelas de Ouro Preto. A ideia é a confecção de uma grande janela coletiva, usando como suporte a reprodução de uma obra de Mestre Ataíde. Artista em Patchwork há 8 anos, a artesã e costureira Neide Vaz será a responsável pelas aulas.

Além da curadoria Infanto-Juvenil, a organização é distribuída entre curadorias de Artes Plásticas, Artes Cênicas, Artes Visuais, Literatura, Música, Patrimônio Cultural e Patrimônio Natural. As curadorias prepararam para este ano oficinas que buscam abranger as diversas vertentes dentro de cada área, contemplando, assim, um público ainda mais plural. Nas Artes Cênicas, destaque para a oficina Confecção e Interpretação com Bonecos, ministrada por Catin Nardi, da Cia Navegante Teatro de Marionetes, e Willian Sieverdt, da Trip Teatro de Animação. O trabalho será feito com materiais recicláveis e de uso doméstico, buscando proporcionar ao aluno a possibilidade de construir, multiplicar e manipular os bonecos. Nas Artes Plásticas, chama atenção a Oficina de Reciclagem, com Léo Piló. O objetivo é treinar o olhar para novas possibilidades a serem aplicadas na revisão de atitudes e métodos dos três erres: redução, reciclagem e reutilização. Piló especializou-se no trabalho com o lixo e, por meio da reciclagem, busca uma nova consciência ecológica.

Diretor executivo da Associação Mineira de Cineastas, roteirista e editor de cinema, Geraldo Veloso irá ministrar a oficina Cinema, a formação do olhar, destaque da curadoria de Artes Visuais. Veloso, que já atuou em mais de 120 filmes de longa, curta e média metragens, e tem mais de 30 filmes produzidos, vai discutir o processo de criação cinematográfica e audiovisual. A ideia é proporcionar um caldeirão criativo e, em dez dias, produzir um filme de recorte documentário sobre temas que serão escolhidos e registrados pelo próprio grupo de alunos.

Na área de Literatura, a ilustradora Ana Raquel Máximo Pereira será responsável pela oficina A imagem da palavra, a palavra da imagem. Formada pela Escola de Belas Artes da UFMG, Ana já ilustrou mais de 150 livros de literatura e didáticos, de autores como Machado de Assis, Cecília Meireles e Alaíde Lisboa. O curso busca analisar e explorar a relação texto-imagem, principalmente no livro infantil, em que as imagens contam outra história que o texto esconde entre palavras.

Na área de Música, destaque para a oficina Uakti, Instrumentação e Musicalização. O Uakti aborda desde as técnicas de construção dos instrumentos até a performance final, utilizando, em sua maioria, o PVC como matéria prima. Os músicos Artur Andrés Ribeiro, professor da UFMG e ex-flautista da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais; Décio de Souza Ramos Filho, bacharel em percussão e primeiro percussionista da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais; e Paulo Sérgio dos Santos, clarinetista, compositor e percussionista, com participação em discos de vários artistas, serão os oficineiros.

O Festival conta ainda, com oficinas sobre Patrimônios Cultural e Natural. Na área cultural, destaque para “Sentidos Urbanos – Patrimônio e Cidadania”, ministrada pelo arquiteto-urbanista Juca Villaschi, professor do Departamento de Turismo da UFOP. A ideia é um passeio diferente pela cidade, utilizando técnicas para aguçar percepções sensoriais, que raramente são provocadas nos turistas e nos próprios moradores. Já a oficina de Mapoteca é destaque da curadoria de Patrimônio Natural. O objetivo é introduzir o mundo da cartografia no cotidiano dos adolescentes, por meio de brincadeiras relacionadas à navegação (localização espacial) e do uso de bússolas, fotos aéreas, mapas, GPS e outros instrumentos. A oficina terá a supervisão da professora doutora Mariângela Garcia Praça Leite e terá a participação, como educadores, de alunos do grupo PET de Geologia da UFOP.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
Assessoria de Comunicação Institucional da UFOP
Rondon Marques e Christiane Lopes | (31) 3559-1223/1222

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