Fiscalização de construções irregulares deve ser intensificada

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Imóvel que desabou nesta quinta-feira era irregular

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“Nós não vamos retirar as casas de todas as favelas, de todas as comunidades do Rio. O que tem que fazer é olhar essas áreas de mais risco, estas construções, para tentar fazer as melhorias habitacionais”, apontou.

Paes disse que com ele a milícia “não impede nunca” a atuação da prefeitura. “Comigo não tem essa conversa. A gente vai agir sempre com firmeza”, assegurou e acrescentou:  “No meu governo a gente vai continuar combatendo para dar um recado muito claro”. Segundo ele:  “A gente vai permanecer assim. Nem milícia, nem traficante, nem delinquente se sobrepõe ao poder do estado”.

Fiscalização

Para o governador do Rio, Cláudio Castro, que também foi ao local, é preciso melhorar a fiscalização de construções irregulares, que precisa ser feita de forma integrada entre a prefeitura e o estado. “Não adianta falar: é de um, é de outro. O problema é de todos nós em conjunto. Aqui ninguém foge da responsabilidade.”, disse.

Segundo o governador ele e prefeito terão uma conversa para alinhar estratégias e emprego de recursos para essas comunidades. “É importantíssimo para que outras tragédias dessas não aconteçam”, afirmou.

Assistência às famílias

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, que chegou ao local do desabamento pouco depois das 8h, disse que a administração municipal está aguardando a conclusão dos trabalhos dos bombeiros para poder entrar com as medidas necessárias de recuperação da área. Segundo ele, a Defesa Civil municipal deverá elaborar um laudo técnico em que será verificado se os prédios próximos ao que desabou sofreram impactos e se necessitarão ser condenados.  “Para a gente evitar que outros acidentes aconteçam”, disse.

De acordo com Paes, a prefeitura vai tratar prioritariamente as famílias que sofreram mais com o desabamento e que perderam familiares. Os que tiverem casas de parentes ou outra possibilidade de abrigo vão ser orientados a  deslocar-se para esses locais. Para quem não tiver abrigo, a prefeitura vai viabilizar uma hospedagem. “Não tem maior dificuldade para isso. Já tem um posto avançado da Secretaria de Assistência Social montado aqui desde cedo em prédio próximo, e estava atendendo as pessoas, cadastrando e vendo todas as circunstâncias”, disse o prefeito. “Vamos prestar todo o auxílio para estas famílias, que, infelizmente, passam por esta situação trágica e muito ruim”, falou no local.

Segundo Cláudio Castro, o governo estadual atua no apoio à prefeitura com o emprego das polícias Militar e Civil, além do trabalho da Defesa Civil estadual. O governador adiantou que as secretarias de Assistência Social do estado e do município já estão atuando de forma conjunta. “Agora é momento de ajeitar a confusão que está e em segundo momento, então, pensar em alguma intervenção”, disse ao comentar a possibilidade de ações diretas do estado na comunidade. Castro afirmou que o inquérito instaurado pela Polícia Civil é que vai apontar as causas do desabamento.

O governo do Rio informou que integrantes das secretarias estaduais de Vitimados e de Desenvolvimento Social estão no local e realizam, em parceria com a prefeitura, o atendimento social e psicológico de vítimas e das famílias. Entre as ações estão o auxílio para os sepultamentos, aluguel social, cestas de alimentos e colchões.

Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

 

 

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