Governo lança editais para selecionar estudantes interessados em bolsas de estudo no exterior

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O governo lançou hoje (13) editais para selecionar estudantes brasileiros interessados em cursar o ensino superior no exterior. Os editais fazem parte do Programa Ciência sem Fronteiras e oferecem 12,5 mil bolsas para cursos de graduação em cinco países – Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália e França – e de tecnólogo no Canadá.

 Todos os cursos serão oferecidos na modalidade sanduíche, aquela em que o aluno alterna o período de estudo entre o Brasil e o outro país.

 Na cerimônia de lançamento, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff também assinou o decreto que regulamenta o programa. Ela destacou a importância da qualificação dos profissionais para futuramente atuarem no Brasil. “Nossos desafios são grandes, o Brasil é um país complexo, precisamos enfrentar nossas dívidas históricas, como a extrema pobreza e a elevação da competitividade da nossa economia, por meio da ciência e tecnologia.”

 O período de inscrição tem início hoje (13) e vai até 15 de janeiro de 2012. A previsão é que a partir de março do próximo ano os estudantes estejam nos países para os quais foram selecionados. Os estudantes que tiverem bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e se interessem em concorrer às bolsas terão acesso a cursos de idiomas no Brasil. Após selecionados, podem cursar de seis a oito meses do idioma no país em que são bolsistas.

 Os Estados Unidos deve oferece 18 mil bolsas para os brasileiros, até 2015, e os demais países, 10 mil bolsas cada um.

 O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse que a partir de 2012 também serão ofertadas bolsas em países como Holanda, Bélgica, Portugal, China, Índia e Japão. Entre as áreas prioritárias do programa estão engenharias, nanotecnologias, física, química, computação, petróleo, gás e carvão mineral.

 O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou que o objetivo do programa é que as bolsas atendam estudantes de todas as classes sociais. “Queremos mandar para o exterior a elite intelectual seja ela pobre ou rica.”

 Também foram lançados dois outros editais para trazer ao Brasil estrangeiros ou brasileiros que atuam no exterior. O programa Atração de Jovens Talentos (BJT) quer buscar jovens pesquisadores residentes no exterior, preferencialmente brasileiros. Já o Pesquisador Visitante Especial (PVE) prevê o intercâmbio em pesquisas por meio de parceria com lideranças internacionais.

 O Programa Ciência sem Fronteiras prevê a concessão de até 101 mil bolsas de estudo no exterior em quatro anos, das quais 75 mil apoiadas pelo governo e 26 mil pela iniciativa privada. Entre as modalidades de bolsas estão graduação sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação.

Agência Brasil

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