Levantamento auxilia atendimento a vítimas de animais peçonhentos

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BELO HORIZONTE (19/11/10) – A chegada do verão traz chuvas e dias quentes, cenário em que animais peçonhentos, como cobras, lagartas, aranhas e escorpiões, saem das tocas à procura de novos lugares para morar. O problema é que essa nova moradia pode ser a casa das pessoas e os acidentes envolvendo esses animais, em Minas Gerais, tem aumentado a cada ano que passa.

Atentos ao crescimento no número de ocorrências envolvendo esses animais, a equipe do Centro de Informações e Assistência Toxicológica do Hospital João XXIII (CIAT-BH), da Rede Fhemig, coordenada pelo médico Délio Campolina, pesquisou a sazonalidade da incidência deles no atendimento de pronto-socorro. Em parceria com a farmacêutica Fátima Cabral, também do Hospital João XXIII, e mais três profissionais, foi realizado um levantamento de todos os acidentes com escorpiões, lagartas, aranhas e serpentes, atendidos no hospital, num período de 15 anos – 1994 a 2008.

De acordo com Fátima Cabral a pesquisa ajuda no controle de estoque de soros específicos para os acidentes peçonhentos e alerta a população para os períodos de perigo. “Com esse trabalho conhecemos a frequência dos animais peçonhentos encontrados em nossa região. Também é possível ter uma previsão das épocas do ano na qual precisamos ficar mais atentos e estocar maior quantidade de soro”, explica. Neste ano, de janeiro a outubro, foram atendidos 877 pessoas picadas por escorpiões no Hospital João XXIII. A estimativa é que esse número possa chegar a mais de mil até o fim do ano.

O Hospital João XXIII é referência no atendimento de pessoas picadas por animais peçonhentos e possui um acervo, único na rede hospitalar do Estado, com cerca de 1.500 animais, vindos de diversos lugares de Minas Gerais. Os animais são levados ao hospital por pessoas que foram vítimas de acidentes e conseguiram capturá-los ou por aqueles que conhecem a importância do acervo e contribuem com doação de exemplares das espécies.

O CIAT-BH existe há mais de 30 anos e atende, também, pessoas vítimas de outros tipos de toxinas, como drogas e plantas tóxicas.

Fonte: Agência minas – 19/11/10

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