Novas espécies da Amazônia são apresentadas em conferência

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Uma rã de cor diferente: cabeça vermelha, corpo azul. Um papagaio careca de cabeça laranja. Um bagre cego e minúsculo, vermelho vivo, que podem viver em rios que cortam cavernas. Uma nova espécie de sucuri, a primeira descoberta desde 1936. E um novo boto cor de rosa, encontrado somente na Bolívia. As novas espécies serão apresentadas ao mundo nesta terça-feira em uma conferência sobre biodiversidade no Japão.

O relatório reúne o trabalho de vários de cientistas de museus, universidades e ONGs do mundo todo e apresenta 1.200 novas espécies de plantas e animais descobertas na Amazônia entre 1999 e 2009. O ritmo é de uma nova espécie a cada três dias.

Ao todo, foram identificadas 637 novas espécies de plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 16 aves e 39 mamíferos, entre eles, sete novos macacos, seis descobertos no Brasil. E o coordenador do WWF diz ainda que há muito a ser descoberto na maior floresta tropical do planeta.

“É um conhecimento muito ainda pouco usado e nós precisamos avançar nas pesquisas, fazer mais expedições para encontrar mais dessas plantas, porque são plantas e animais que você só encontra in loco, ou seja, você precisa ir para a floresta”, diz Mauro Armelim, coordenador do programa Amazônia Viva.

Armelim faz um alerta: as grandes obras de infraestrutura na Amazônia podem levar à extinção de espécies ainda desconhecidas que também poderiam gerar riquezas para o Brasil. “Aqui temos ativos para fazer medicamentos, para produtos que podem substituir vários outros produtos artificiais e com qualidade: sem dúvida nenhuma, isso vai ser um ativo no futuro”, afirma.

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