Rio manhuaçu volta a subir

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Por Devair Guimarães de Oliveira                                  Nesta terça-feira 06-01-09 em Manhuaçu as chuvas fizeram subir ainda mais o Rio que corta a cidade, ontem foi um transtorno para muitos moradores, veio o alivio da baixa das águas, mas devido às fortes chuvas que continuaram caindo em Luisburgo e São João do Manhuaçu fizeram a cheia voltar e em condições maiores que ontem, tal fato fez a Defesa Civil de Manhuaçu, anunciar situação crítica no município. Vários bairros de Manhuaçu estão isolados o trânsito é precário, várias pontes estão interditadas e é grande a preocupação das autoridades, com a previsão de mais chuvas por estes três dias e com o rio desse jeito o problema pode se agravar, comentou o Ten. Washington.
O centro de Manhuaçu do lado baixo foi totalmente tomado pelas águas. Moradores e comerciantes tiveram muitos prejuízos. Praças e pontes, coberta pelas águas e há muitos pontos alagados.

Os bombeiros receberam reforços de BH e Governador Valadares, apesar disso o trabalho está sendo feito em turnos de 24 por 24. Até o momento em Manhuaçu só houve ferimentos sem casos fatais, apesar de a situação ser bem complicada a maioria dos telefones não estão funcionando e até o momento não temos o números de desalojados e desabrigados, a cidade é muito solidária e praticamente todos os vizinhos socorrem os que tem suas residências alagadas.
Os bombeiros também seguiram para Alto Jequitibá e também Luisburgo onde a situação é crítica.

Volume de chuva em BH bate recorde de 30 anos
Landercy Hemerson – Estado de Minas
Ingrid Furtado – Estado de Minas
Os temporais que caíram em várias regiões de Minas não vão dar trégua aos moradores até quarta-feira. Levantamento do Instituto de Meteorologia MG Tempo/Cemig/PUC Minas mostra que o acumulado de chuva em dezembro bateu o recorde dos últimos 30 anos em Belo Horizonte. Apenas nos primeiros cinco dias de 2009, choveu 60% da média de janeiro.
De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), 96 municípios foram afetados pelas tempestades, 56 deles decretaram situação de emergência. Já são quase 6 mil pessoas desabrigadas e 56 mil desalojadas. O número de mortos já chega a 23. “O que influenciou tantos danos foi a quantidade de chuva em curto período. A chuva do fim semana aumentou os prejuízos nas cidades, principalmente da Zona da Mata, como Ponte Nova, Muriaé e Alto Jequitibá, Manhumirim, Manhuaçu e outras. A situação está pior do que o ano passado”, afirma o major da Cedec, Edylan Arruda. O medo de novos desmoronamentos e enchentes assustam a população.
O meteorologista Ruibran dos Reis explica que a média de chuva de dezembro é de 319 milímetros. Mas essa quantidade foi ultrapassada em 120%. “Houve acúmulo de 783 milímetros e isso significa o maior índice dos últimos 30 anos. Nunca em dezembro choveu tanto”, afirma. Ele observa que o alerta para desmoronamentos e alagamentos deve ficar ligado. De 1º de janeiro até segunda-feira houve 63 milímetros de chuva, o que corresponde a 60% da precipitação de janeiro.
A partir de quarta-feira, a situação deve se acalmar. Ruibran explica que a frente fria que estacionou em Minas deve se dissipar e o sol pode voltar. “Isso vale para todo o estado e teremos, enfim, um clima típico de verão. Desde 11 de dezembro, temos precipitações ininterruptas e, a partir desta semana, a previsão é de que teremos 10 dias de sol, mas com possíveis pancadas de chuva à tarde. Na quinta-feira o tempo estará mais firme”, afirma Ruibran.
Na capital Belo Horizonte com a intensidade das chuvas, 11 famílias foram removidas para abrigos da cidade. No Bairro João Pinheiro, Região Oeste de BH, três famílias entraram em pânico quando perceberam que o imóvel em que moravam, de três pavimentos, na Rua Vestá, 15, estava caindo. A escada em formato de caracol ficou retorcida e os pilares da fundação afundaram 15 centímetros. Além disso, o prédio tombou 20 centímetros na lateral, comprometendo a segurança de outras casas. O supervisor de vendas Augusto César Palmeirão Neto, um dos moradores, contou que a situação está caótica. “Assim que o engenheiro da Defesa Civil chegou, tivemos de sair de casa. Ele disse que era para sairmos em no máximo 20 minutos. Não deu tempo sequer de pegar nada. A casa foi herança do meu pai e somente pessoas da família moram aqui”, diz Palmeirão. Ele responsabiliza a Copasa pelo prejuízo. “Há um ano, uma empresa terceirizada recanalizou a tubulação que passa pela rua, mas várias casas tiveram infiltrações. Com as chuvas, a situação piorou. Percebemos um cheiro forte de esgoto e tudo indica que houve infiltração. Vamos processar a empresa”, afirmou Palmeirão.
Em nota, a Copasa informou que os problemas do imóvel não foram causados pelo rompimento da rede de água e esgoto. Segundo a Copasa, o problema foi causado por um barranco que cedeu e danificou o imóvel, inclusive a ligação de água. Técnicos estiveram no local e fizeram o corte do abastecimento de água.
Deslizamento e queda de árvore
Militares do 1º Batalhão de Bombeiros atenderam segunda-feira à noite duas ocorrências na Região Centro-Sul de BH. Na BR-356, que dá acesso à Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Belvedere, um eucalipto caiu sobre um microônibus e a estrada ficou fechada por quase 20 minutos. Na Rua Bolívia, no Morro do Papagaio, no Bairro São Pedro, a queda de encosta sobre uma construção pôs em risco outros três imóveis.
O motorista Márcio Silva, de 47 anos, contou que descia em direção ao Centro, no microônibus placa HIJ 4199, quando foi surpreendido por um forte estrondo. “Nem vi a árvore caindo, mas apenas o barulho e o parabrisa estourando. Havia seis passageiros no veículo e ninguém se feriu”, disse. O agente da BHTrans Fernando Gonçalves informou que o engarrafamento chegou a cinco quilômetros, no sentido BH Shopping/Savassi.
Na Rua Bolívia, o deslizamento da encosta destruiu a estrutura de concreto da garagem de uma construção que já havia sido interditada pela Defesa Civil. A via teve de ser interditada e moradores ficaram apreensivos diante da possibilidade de novas quedas da encostas. Três famílias tiveram de abandonar as casas devido aos riscos de novos deslizamentos.


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