Após mais uma madrugada de chuva forte no estado do Rio de Janeiro, a situação na Baixada Fluminense ficou ainda pior hoje (13). As cidades de Belford Roxo e Duque de Caxias foram as mais castigadas pela enchente.
Ao todo, 15 bairros de Duque de Caxias estão debaixo d’água e a prefeitura decretou situação de emergência. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, as escolas nas áreas alagadas continuam fechadas. Algumas unidades deixaram de funcionar para receber as centenas de desalojados na região.
O prefeito de Belford Roxo, Alcides Rolim, disse que cerca de 600 pessoas foram obrigadas a sair de casa e mais de 100 estão desabrigadas. “Choveu em 36 horas o equivalente a 13 dias de chuvas nesta época do ano. A população está ajudando muito e os governos estadual e federal também, mas estamos precisando de doações, sobretudo para as crianças, que são muitas”.
As doações podem ser levadas ao Quartel do Corpo de Bombeiros do município. O governo do estadual montou um hospital de campanha no terreno do Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Vinícios de Moraes, em Belford Roxo, no bairro Lote 15, uma das localidades mais atingidas pelas chuvas no município. A previsão é de que o hospital comece a funcionar a partir das 13h, dia e noite, com capacidade para atender 500 pessoas diariamente.
O prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, disse que a providência mais urgente a ser tomada é a limpeza dos rios e canais da região.
“Estamos preocupados com as próximas chuvas previstas pela meteorologia. É aqui, em Duque de Caxias, que recebemos todas as águas de municípios como Belford Roxo, São João de Meriti, por exemplo. E temos canais que não são limpos há anos, rios assoreados, casas construídas irregularmente nos leitos dos rios, muito lixo nessas águas. Certamente teremos que correr, os governos juntos, para que a situação não se complique ainda mais para a população”.
Nos municípios de Tanguá e Três Rios, na região metropolitana do Rio, de Campos, norte do estado, e Natividade, noroeste fluminense, centenas de pessoas ficaram desalojadas, depois que os rios da região transbordaram. As autoridades ainda não forneceram o número de desabrigados.