Segundo o coordenador da Pesquisa Mensal do Emprego, Cimar Azeredo, o aumento no número de trabalhadores com carteira reflete um cenário econômico favorável, além do aumento da fiscalização. O benefício, segundo ele, também contribui para a robustez da economia.
“Principalmente no caso de trabalhadores com rendimento mais baixo, a carteira significa cidadania, no sentido de que esse trabalhador vai ter crédito. Ele vai passar a comprar, e, de alguma forma, movimentar a economia e contribuir para a melhora do cenário econômico”, disse.
Entre 2003 e 2010, o número de trabalhadores com carteira avançou 38,7% enquanto o total de ocupados cresceu 18,9%. Isso significa que 2,8 milhões de postos de trabalho com carteira assinada foram gerados no período, de acordo com IBGE.
No período, Azeredo destacou com indicador da queda da informalidade a redução do percentual de pessoas trabalhando por conta própria, que passou de 20% da população ocupada para 18,4%.
Entre os setores, o percentual de informalidade teve maior redução na construção civil, cujos índices de trabalhadores sem carteira caíram de 7,7% para 5,7% entre 2003 e 2010.
O número de trabalhadores com carteira assinada também subiu no setor de serviços domésticos, mas o número de empregados sem o documento é de 62,6%. De acordo com Azeredo, esses trabalhadores preferem ganhar mais a ter direitos trabalhistas reconhecidos.
Agência Brasil