Pesquisa por Amostras de Domicílios traça perfil da população da Zona da Mata

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Os resultados da Pesquisa por Amostras de Domicílios (PAD), realizada em 2011 em 428 municípios e 18 mil residências, foram apresentados nesta ultima quinta-feira (23), em Belo Horizonte. Na Zona da Mata, a amostragem foi composta por 32 cidades.

A PAD indicou que, em 2011, a idade média da população na região é a maior do Estado: 33,6 anos para os homens e 36,3 anos para as mulheres. A proporção de solteiros entre aqueles com idade entre 18 e 24 anos, também é maior na Zona da Mata, 91,5%. O índice de migrante, indivíduo que declarou ter nascido em município diferente do de residência, é de 76,2%.

Com relação à infraestrutura, 98,4% dos domicílios possuem água canalizada e o percentual de residências atendidas por coleta de lixo é de 89,1%, média maior que a do Estado (87,8%). Já domicílios atendidos por iluminação elétrica chegam a 98,4%.

A taxa de analfabetismo mensurada pela pesquisa na região é de 10,2%; enquanto a taxa de escolarização de 6 a 14 anos é de 98,1%, de 15 a 17 anos é de 85,8%, de 18 a 24 anos é de 30,9%, e de 25 anos ou mais é de 2,8%. Com relação à média de anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade é de 6,6.

Saúde e trabalho

Segundo a PAD, a autopercepção com relação à saúde é boa ou muito boa para 82,9% dos entrevistados da Zona da Mata. O percentual de pessoas que possuem pelo menos uma doença crônica é de 70,3%; para duas ou mais, 12,3%; e nenhuma, 17,5%. A prevalência de hipertensão arterial é de 14,1% nos homens e maior entre as mulheres, 19,5%. Já pessoas que possuem plano ou seguro de saúde somam 20,9%.

Com relação à realização de exames preventivos entre a população feminina, verificou-se que 57,9% das mulheres acima de 25 anos se submetem ao papanicolau uma vez ao ano, e 46,3% ao exame clínico de mamas na mesma frequência; já 14% nunca realizaram o papanicolau, assim como 27,7% nunca passou pelo de mamas. Ainda entre a população feminina, 42% das mulheres acima de 35 anos passam pela mamografia até uma vez ao ano; enquanto 34,1% nunca se submeteram ao exame.

Os índices relativos a trabalho mostram que o percentual de ocupação é de 49,4%. A distribuição percentual de ocupados com carteira de trabalho assinada é de 40,8%, e pessoas ocupadas com CNPJ somam 18,1%. O rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas ocupadas é de R$ 957 reais. A taxa de desocupação é de 3,7%.

A Zona da Mata abriga 2,2 milhões de pessoas, o que representa 11,3% da população do Estado. Os municípios visitados foram: Acaiaca, Além Paraíba, Belmiro Braga, Bicas, Carangola, Cataguases, Divino, Fervedouro, Guaraciaba, Guarará, Jequeri, Juiz de Fora, Leopoldina, Lima Duarte, Miradouro, Palma, Patrocínio de Muriaé, Piraúba, Ponte Nova, Raul Soares, Rochedo de Minas, Rio Doce, Rio Preto, São Francisco do Glória, São João Nepomuceno, Sericita, Santa Bárbara do Monte Verde, Teixeiras, Tocantins, Tombos, Ubá e Viçosa.

A PAD 2011 foi realizada pelo Governo de Minas, por meio da Fundação João Pinheiro e do Escritório de Prioridades Estratégicas. Nícia Raies, pesquisadora do Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro e coordenadora técnica da PAD, ressalta a importância da pesquisa para o direcionamento das políticas públicas.

“A pesquisa tem dois grandes pontos de destaque: o primeiro ponto é a capacidade de construir diagnósticos, sistematizar a informação, ver as potencialidades de cada região, isso tudo é muito importante para o governo. Ter uma pesquisa dentro de seu aparato com esta flexibilidade, de inserir quesitos, pesquisar temas que são do interesse do governo para realizar políticas públicas, é um ponto fundamental para os governos. O outro ponto é a capacidade de acompanhar as diferenças regionais. A PAD é fundamental para o Estado pensar sua intervenção no território”, comenta.

Agencia Minas

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