Polícia Civil investiga autoria do atentado contra juíza da cidade paulista de Rio Claro

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A Polícia Civil de Rio Claro, no interior de São Paulo, investiga quem poderia ter enviado uma bomba para a juíza diretora do fórum da cidade, Cyntia Andraus Carreta. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, ontem (12), por volta das 13h30, uma funcionária do fórum encontrou um embrulho em uma mesa que estava no corredor onde fica a sala em que ela trabalha e estranhou o pacote, que estava endereçado à juíza.

A secretária perguntou a um guarda civil metropolitano, que estava na recepção, quem teria deixou o embrulho ali, mas ele soube responder. Depois, o embrulho foi entregue a outros dois guardas que, ao abrirem o pacote, acionaram o explosivo. Os dois ficaram feridos e foram encaminhados ao Pronto-Socorro da Santa Casa da cidade. A bomba caseira estava em um pacote com desenhos natalinos e era feita com pregos, parafusos e rolemãs. Na caixa, havia ainda um Papai Noel, que foi usado para acionar o explosivo.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, divulgou hoje (13) uma nota de apoio e solidariedade à juíza. Ele cobrou das autoridades a imediata apuração dos autores do atentado e a punição dos culpados. “Não é admissível que um juiz ou juíza, no exercício de suas funções, sejam intimidados e levados a trabalhar sob medidas excepcionais de proteção”, disse ele, na nota.

“A Ordem dos Advogados do Brasil se solidariza com a juíza diretora do Fórum de Rio Claro, São Paulo, Cyntia Andraus Carreta, e com os funcionários feridos no atentado terrorista perpetrado nesta quinta-feira contra a Justiça brasileira, cuja autoria precisa ser apurada com toda urgência”, diz a nota.

Ele citou ainda o assassinato da juíza de Niterói (RJ) Patricia Acioli, em agosto de 2010, e disse que ataques como esses demonstram que a escalada de ousadia de bandidos e organizações criminosas constitui uma ameaça real ao Judiciário.

Para o presidente da OAB, a lei é “a garantia da cidadania e sem ela prevalece o poder do mais forte, do medo, da força e do terror, como o que assistimos agora”. “Expressando o sentimento da sociedade brasileira, a OAB se põe ao lado da magistratura para cerrar fileiras em defesa de uma Justiça forte, independente e garantidora do Estado Democrático de Direito”, finaliza Ophir.

Agência Brasil

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