Produção de uvas em MG e SP pode ter calendário afetado por conta do frio

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Outro destaque desta edição vem do milho. O volume de exportações em registrou crescimento na primeira quinzena de julho

E os efeitos da recente onda de frio no país seguem aparecendo. Agora, quem pode sofrer mudanças no calendário da produção são os produtores de uva de Minas Gerais e São Paulo. Os dois estados sofreram consideravelmente com a onda de frio que atingiu as cidades no início do mês.

Quem vai nos dar mais detalhes sobre o que pode mudar na produção de uva nessas regiões é a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas.

“Como se espera mais uma frente fria para essa semana, nós vemos os parreirais paulistas sentindo essas temperaturas mais baixas. Não só paulistas, mas também mineiros. Em Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo, por exemplo, os parreirais que já tinham sido podados e estavam em fase de brotação, eles sofreram com o frio a queima dos brotos, o que prejudica na produtividade fazendo com que ela seja reduzida. Já em Jales, no estado paulista, e em Pirapora, em Minas Gerais, a preocupação maior é com o calendário de ofertas, porque as baixas temperaturas acabam desacelerando o ciclo da videira – planta que dá a uva –, que pode ocasionar atrasos e resultar em colheita tardia e simultânea nas duas praças. Com isso, a oferta pode ser maior neste período e pressionar os preços. Então, de uma forma geral, São Paulo e Minas Gerais podem sentir uma dificuldade no mercado da uva nas próximas semanas.”

E o milho continua sendo um destaque das exportações brasileiras. Dados apresentados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia, apontam que até a segunda semana de julho, o volume de milho no mês já superava o enviado em junho. De quanto é essa diferença, Carla?

“Pois é, a diferença é bastante considerável. Os embarques em nove dias úteis do mês de julho somaram 208,5 mil toneladas ao dia contra 72 mil toneladas de média por dia no mês de junho. E os volumes exportados no acumulado do mês representam quase quatro vezes mais do que o registrado em junho do ano passado, quando a exportação mensal do Brasil somava pouco mais de um milhão de toneladas, por conta da produção menor por conta da seca. Então, nós temos o milho como um dos destaques da nossa pauta exportadora do agronegócio e há boas perspectivas. Os importadores estão buscando o milho brasileiro, que tem uma qualidade superior aos concorrentes, nesse momento tem um preço atrativo para os compradores, então temos boas perspectivas.”

“É isso mesmo. Para quem quiser saber mais sobre o agronegócio brasileiro e mundial: noticiasagricolas.com.br.

Repórter Raphael Costa

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