Programas nucleares do Irã, da Coreia do Norte e da Síria preocupam Aiea

189

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, disse hoje (4) que no próximo dia 8 haverá uma reunião entre peritos do órgão e autoridades do Irã. Segundo ele, a expectativa é avançar nas negociações para um acordo sobre a possibilidade de especialistas estrangeiros investigarem as usinas nucleares do Irã. O programa nuclear iraniano é alvo de suspeitas internacionais, pois há desconfiança da fabricação de armas atômicas no país.

Na segunda reunião de governadores (representantes dos governos) da agência, deste ano, Amano lamentou o fato de as autoridades iranianas não colaborarem para dirimir as dúvidas sobre o programa nuclear desenvolvido no país. “O Irã não fornece garantias credíveis sobre a ausência de material nuclear não declarado e sua atividades”, disse ele.

Amano cobrou ainda do Irã medidas no sentido de implementar “todas as obrigações pertinentes a fim de estabelecer a confiança internacional na natureza exclusivamente pacífica do seu programa nuclear”. O discurso completo do diretor-geral está disponível na página da Aiea na internet (http://www.iaea.org/newscenter/statements/2012/amsp2012n009.html).

Nos últimos anos, os avanços obtidos pelo desenvolvimento nuclear do Irã causaram suspeitas na comunidade internacional. O Conselho de Segurança das Nações Unidas e vários países unilateralmente adotaram sanções ao Irã. Há restrições para as negociações econômicas, comerciais, financeiras e militares envolvendo os iranianos.

No discurso, Amano mencionou também as preocupações com os programas nucleares da Coreia do Norte – pois há suspeitas de fabricação de armas atômicas – e Síria, que há 15 meses enfrenta uma série de ações violentas. Segundo ele, também serão discutidos os planos de segurança nuclear referentes aos dois países.

“Em relação à Síria, vale lembrar que, em junho do ano passado, a agência foi informada de que um edifício destruído foi provavelmente alvo de um reator nuclear”, disse o diretor-geral da Aiea. Segundo ele, o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, prometeu esclarecer essas “questões pendentes”, mas não houve “avanços significativos”.

Agência Brasil

FAÇA UM COMENTÁRIO

Por favor digite um comentário
Por favor digite seu nome aqui