Proprietários de funerárias da região denunciam monopólio

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Manhuaçu, 03/09/2019 Luiz Carlos Duarte do Plano Assistencial Alvorada e Juliana Rocha Dias, do Plano Assistencial Plena Saúde, compareceram em nossa redação para fazerem denúncia contra o sistema funerário de Manhuaçu e região, dominado por uma única empresa que mantém funerárias em nomes de Laranjas. “Estou neste ramo desde o ano de 2000, com o Plano Nova Vida, quando obtive um Alvará de Funcionamento pela Cici Magalhães prefeita na ocasião, desde então passamos por altos e baixos, sempre prejudicado, ou por falta de liberação de alvará ou por licitações fraudulentas, minha pasta está cheia de documentos da prefeitura, da Câmara Municipal e do Ministério Público que sempre tem nos atendido, mas nem sempre o poder público cumpre suas determinações”. Informa Luiz Carlos.

Luiz Carlos diz que são mais de 19 anos de luta tentando ganhar o pão de cada dia e sendo prejudicado por este sistema injusto e cruel que monopoliza o sistema funerário em Manhuaçu e região. Comentam Luiz Carlos e Juliana. “Nós queremos apenas trabalhar com dignidade, em 2001 foi enviado a Câmara Municipal de Manhuaçu um Projeto de Lei regulamentando os serviços funerários em Manhuaçu a Lei 2.311/2001 a Lei foi aprovado por 14 vereadores regulamentando o trabalho de sete (7) funerárias no total de uma para cada 10.000 habitantes, já em 2005 voltou a funcionar o *Lobby. A lei foi mudada beneficiando assim a empresa dominante passando para um total de uma funerária para cada 30.000 habitantes, em 2015 a promotora Dra. Giannini Maelli M. Ribeiro  enviou um ofício à Câmara Municipal de Manhuaçu solicitando a mudança da lei para uma em cada 12.000 habitantes, os vereadores votaram contra a lei, será por quê?, Respondo, em Manhuaçu é evidente o monopólio do EM VIDA”. Declara Luiz Carlos.

Ainda segundo Luiz Carlos tem três funerárias em Manhuaçu, que para burlar a lei estão em nomes de terceiros, todas são controladas por uma mesma empresa.
“Outros problema em Manhuaçu são os cemitérios e o Velório Municipal, tudo controlados pelo Em Vida”. A prefeitura construiu o Velório Municipal na gestão do prefeito Adejair Barros e que todas as funerárias poderiam usar, porém hoje ficou restrito só ao Em Vida que é o controlador dos cemitérios do município e do Velório Municipal, e constantemente tem dado problemas até com retenção de corpos por falta de pagamento, outra funerária tem que pagar para o Em Vida o valor de R$ 612,00 e para o Velório Municipal paga-se R$ 300,00 e nos cemitérios dos distritos o valor do sepultamento é de R$ 680,00.

Em suas declarações finais Luís Carlos reclama do atual sistema, pois quando acontece um acidente eles não respeitam a escala de plantão mesmo nós estando de plantão a perícia e a polícia avisa somente a outra funerária Em Vida, gostaria que toda a população tomasse conhecimento destes fatos, para prestar atenção em nossos vereadores para que eles tomem providencia, pois conhecimentos todos têm, seria bom se eles olhassem e regulamentassem a lei, pois nossa constituição diz que todos são iguais perante a lei, então queremos que a justiça seja feita  as autoridades precisam olhar e enfrentar este problema que é antigo em Manhuaçu.

“Porque não se investigue as funerárias de Manhuaçu para saber onde estão os erros das empresas que opera na região para saber quem são na realidade os proprietários e quem são os Laranjas, porque é notório que toda população sabe como o sistema funciona, pois isso vem de muitos anos, e cada ano que passa eles arrumam um jeitinho de facilitar as coisas a sua maneira”. Finaliza Luiz Carlos Duarte.

Juliana Rocha Dias da Funerária Assistencial Plena Saúde do município de Mutum/MG Segundo informa, enfrenta o mesmo problema do monopólio.                          

“Eu e o Luiz Carlos falamos em nome de todas as funerárias da região o problema afeta todo o pessoal do setor, o Ministério Público está cheio de denúncias relativa a estes problemas, mas infelizmente não temos tido o respaldo necessário do Executivo, Legislativo e Judiciário, justiça, queremos ter os mesmos direitos que regem as leis sem privilégio para esta ou aquela empresa, pagamos nossos impostos em dia, mas não podemos trabalhar, o sistema atual implantado em Manhuaçu e região é uma máquina poderosa, dependemos aqui da Lava Jato para fazer valer as leis, hoje quero pelo menos ter o direito de trabalhar, queremos unir todas as funerárias da região para juntos fazermos valer nossos direitos, a justiça precisa prevalecer, pois do jeito que está fica praticamente inviável”. Diz Juliana.

Segundo ainda Juliana outra denúncia grave em Mutum, são as doações em que recebem o poder público: os PSF, Pronto-Socorro, hospital de Mutum, estão cheios de móveis, cadeiras de rodas, mesas e cadeiras, macas, camas que são doados pelo Em Vida, principalmente em época de licitações.

3 COMENTÁRIOS

  1. Eu acho q tem q respeitar o plantão EA vontade da família não e ao porque está no plantão q.a.familia..tam q.fazwr com quem está no plantão ea gente q trabalhar sofre muito com este timplo se manopolio e.se.a.capela.e.municipal teria q.pagat para a.prefeirura não para a.funeraria

  2. Eu acho q tem ser a lava jato mesmo, aqui na prefeitura de Manhuaçu o dinheiro do em vida sempre falo mais alto do que as leis da prefeitura, essa máfia já dura tem muitos anos

  3. Eu acho uma vergonha esse fato onde uma empresa quer dominar a região impondo sobre a vontade da família. Isso é uma máfia e não intendo oque o ministério público ainda est esperando para agir fora a sonegação de impostos também à família enlutada é a que mais sofre com a perda do ente querido é com seu livre arbítrio o sei direito de escolher tirado lembrando que até Deus respeita a vontade do ser humano.

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