Réquiem para a extrema imprensa funérea

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Por Jorge Serrão – [email protected]

A politização burra, canalha e irresponsável da pandemia foi o maior crime cometido pelo conjunto da politicalha tupiniquim. A CPI do Covidão entra na fase de muita piada para pouca gente séria achar graça. Criada com o foco de desgastar e tentar arrumar um argumento para derrubar Jair Bolsonaro, a comissão parlamentar de inquérito agora vai atrapalhar a vida, também, de nove governadores. Quem respira aliviado, por enquanto, é João Agripino Dória. Ele não entrou no rol de convidados ou convocados, embora São Paulo (o estado mais populoso e rico) registre o recorde de mortes pelo vírus que veio da China. Mesmo sem Dória, a guerra de todos contra todos se amplia e pode sair do controle.

A CPI é inútil. A sigla deveria ser traduzida como Comissão Para Impunidade. Tente a dar em nada – como tantas que a antecederam. Se o Brasil fosse um País sério e sua classe política tivesse um mínimo de ética e responsabilidade, não perderia tempo e dinheiro com uma CPI. O Congresso Nacional estaria focado na aprovação das reformas estruturais. E a Câmara e o Senado também poderia trabalhar para consolidar um regime legal que melhorasse o sistema de saúde do País – que não tem eficiência em vigilância epidemiológica, nem em testagem de doenças e, muito menos, em tratamento preventivo. Assim, políticos e a população ficam esperando por mais uma onda de desgraça. Tudo para deleite da extrema imprensa funérea.

Por falar nela, um de seus porta-vozes, o jornal o Globo, volta a defender a adoção de medidas estatais restritivas – que, até agora, não comprovaram eficácia contra a doença, porém causaram um caos econômico. O jornalão da Família Marinho adverte, em tom ameaçador: “Os gatilhos para a terceira onda da pandemia no Brasil já foram disparados e a crise pode ganhar contornos mais acentuados já em junho, se não houver consenso nacional para restringir a circulação de pessoas, alertam especialistas. Frente ao cenário de disseminação das novas variantes do coronavírus e com a vacinação ainda em marcha lenta, a nova escalada nos indicadores de casos e óbitos, segundo os técnicos, só poderia ser contida com decreto de lockdown e ampla testagem da população”.

O combate à pandemia segue tão errático quanto o espírito funéreo da mídia, cujo noticiário ajuda a propagar o clima de medo permanente na população. Ainda não há informações concretas, seguras, para afirmar que haverá uma Terceira Onda de Covid-19. Ainda estamos no meio da segunda, em ritmo crescente de vacinação (embora não se tenha certeza científica absoluta sobre a total eficácia delas). Lamentavelmente, além da propaganda intensiva acerca da mortalidade covidiana, também segue a campanha midiática contra o tratamento preventivo – que é o procedimento sensato para evitar ou atenuar o impacto de qualquer doença. O detalhe importante é que parcela expressiva da população começa a entender como funciona o canalha esquema midiático. 

A maioria das pessoas está de saco cheio da guerra de narrativas que a irresponsabilidade ou canalhice midiática ajuda a propagar. Assim, cresce a revolta consciente do consumidor do noticiário, que prepara o réquiem para a extrema imprensa funérea. Enquanto isso, os grandes bandidos lucram horrores em tempos de pandemônio covidiano. Nada de anormal…

Confira nosso comentário no programa 3 em 1 desta quarta-feira, na Jovem Pan, tratando da palhaçada na CPI do Covidão – https://youtu.be/TSPk5597xoA

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