Sociedade civil e pequenos provedores debatem banda larga

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Brasília – Os representantes de entidades da sociedade civil, de pequenos provedores e de lan houses participaram na tarde de hoje (7) de reuniões com o coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, para discutir aperfeiçoamentos no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado esta semana pelo governo.

Um dos representantes da sociedade civil na reunião, Sérgio Amadeu da Silveira, da Casa da Cultura Digital de São Paulo, criticou a velocidade que será oferecida pelo governo no PNBL, entre 512 quilobit por segundo (kBps) e 784 kBps. “Isso não é banda larga, nos precisamos estar preparados para o futuro”, disse. Segundo ele, é preciso ter pelo menos 1 mega de velocidade, mas garantindo o preço baixo. “Precisamos garantir qualidade e preço. Isso são ajustes que precisam ser feitos no projeto”, disse.

Ontem (6), Alvarez, disse, em entrevista exclusiva à Agência Brasil, que a velocidade proposta pelo governo condiz com a realidade atual do país. Segundo ele, essa oferta deverá ser ampliada no futuro.

Para Percival Henriques de Souza, presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital, que reúne provedores e lan houses, o preço de R$ 230 ao mês que deverá ser cobrado pela Telebras dos provedores de acesso pela oferta de 1 megabit por segundo (mBps) ainda é alto. Segundo ele, com a associação de mais de 500 provedores do país, eles conseguem comprar a R$ 150. “Mas ainda temos lugares, principalmente no Norte do país, que gostaríamos de comprar por R$ 500 e não conseguimos. Para esses lugares, o preço do governo está bom”, afirmou.

O diretor da operadora Viacom, Maurício Oliveira, disse que será possível oferecer internet banda larga aos usuários a R$ 35, como está previsto no PNBL, com o preço estabelecido pelo governo para o mBps.

Pela manhã, foram realizadas diversas reuniões sobre o Plano Nacional de Banda Larga com as operadoras de telecomunicações e as empresas fabricantes de equipamentos para o setor.

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